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Oliveira do Hospital: De 127 casas, 55 estão concluídas e seis ainda não estão recomeçadas

De um universo de 127 casas afetadas pelo grande incêndio de 15 de outubro de 2017, em Oliveira do Hospital estão concluídas 55 habitações e seis ainda não iniciaram a obra, adiantou José Carlos Alexandrino, presidente do Município, numa visita a um dos casos ainda em reconstrução.

Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), visitou, esta manhã, algumas casas no concelho de Oliveira do Hospital que se encontram em fase de reconstrução, após terem sido devastadas pelo grande incêndio de 15 de outubro de 2017.

Na casa de Abílio e Odete Brás, na localidade de Vilela, que tem data prevista de conclusão em dezembro, a presidente da CCDRC adiantou que “no programa de apoio, existem 815 casas aprovadas”, sendo que “estão concluídas 332”, onde cerca de 50 são reconstruções totais.

“Temos muito trabalho pela frente”, disse, realçando que as casas que tem visitado “estão em diferentes fases de construção”. “Há 500 em construção mas há 500 concluídas e eu prefiro ver desta perspetiva”, afirmou Ana Abrunhosa que, mais uma vez, sublinhou a “fase complexa” dos processos, nomeadamente legalizações, titularidades e licenciamentos.

“Estamos a falar de dinheiro do Orçamento do Estado. Dos 60 milhões de euros que estas 815 casas envolvem, já estão pagos 20 milhões”, salientou, garantindo que as entidades têm duas “obrigações”, isto é, “devolver a dignidade às pessoas e cumprir a lei porque estão em causa recursos públicos”.

Também José Carlos Alexandrino mostrou novamente descontentamento face à demora de alguns processos, contudo, considera que são necessários para não cometer ilegalidades. Segundo o autarca, o procedimento deveria ser mais “célere” para “realizar mais depressa” no terreno.

Palavras de apreço às entidades envolvidas nos processos de reconstrução do concelho não faltaram na intervenção de Luís Nina. Na ocasião, o presidente da Junta de Freguesia de Nogueira do Cravo, afirmou que “nunca faltou apoio nem ajuda”. “A Junta de Freguesia, Câmara Municipal e CCDRC desde a primeira hora que acudiram logo as necessidades das pessoas. É muita devastação e nada aparece de um dia para o outro. As coisas estão a reconstruir-se. Toda a gente está a renascer”, afirmou.

Odete Brás, que viu a sua casa reduzida a cinzas naquela fatídica noite, agradeceu o apoio que lhe foi prestado “até ao momento”. “Não nos deixaram passar fome nem frio. Só tenho de agradecer a todos que não deixaram que nos faltasse nada”, agradeceu.

Beatriz Cruz (jornalista estagiária)

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