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Oliveira do Hospital combate desigualdades e violência doméstica e no namoro

Hoje comemora-se em Oliveira do Hospital o Dia Municipal para a Igualdade. A efeméride criada em 2011 no âmbito do projeto “Igualdade Local: Cidadania Responsável”…

… visa alertar e sensibilizar para as questões das desigualdades entre homens e mulheres e chamar a atenção para problemática da violência doméstica e no namoro.

Em 2016 a data continua a ser evocada e justifica-se para “tornar a vida das comunidades mais igual” e “porque as questões da igualdade de género têm um lado negro que é a violência domestica e no namoro”. A participar no programa debate realizado, esta manhã, na Rádio Boa Nova, o vereador da ação social e saúde da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital reportou-se ao facto de, em 11 anos, terem morrido 423 mulheres vítimas de violência doméstica. “É um drama”, registou, referindo-se de igual modo às desigualdades no trabalho, nas universidades e na política.

Desigualdades que tocam de perto a comunidade de Oliveira do Hospital que importa sensibilizar e consciencializar. A preocupar está sobretudo a realidade de violência doméstica que, no concelho, a julgar pelos números já assumiu contornos de maior gravidade. “Oliveira do Hospital já teve casos identificados na ordem das três ou quatro dezenas. Tivemos 13 casos em 2015 e temos 10 casos até ao momento em 2016”, referiu José Francisco Rolo.

Desde 2011 que o projeto coordenado por Carla Camacho tem associada uma linha de apoio social e jurídico (238605260) dirigido à vítima de violência doméstica. Determinante tem sido também a figura da conselheira municipal para a igualdade, Teresa Serra, que defensora da igualdade entre homens e mulheres nota uma “evolução” nesta matéria, mas destaca a importância de se por termo a situações de violência seja no namoro ou no casamento.

Combater a violência doméstica é promover a igualdade de género, que não se esgota no seio familiar. Emprego e educação são duas áreas onde as diferenças tendem a ser bem visíveis. Algo que Helena Berardo, professora na Eptoliva, com formação em engenharia eletrotécnica assegura ter sentido e continuar a sentir em contexto de trabalho, por aquela ser uma área mais ligada ao género masculino.

A violência no namoro foi outro dos temas em destaque no programa debate da Rádio Boa Nova, com Carla Camacho, coordenadora do projeto a revelar os resultados de um estudo que aponta para comportamentos controladores por parte dos jovens relativamente aos seus namorados/as.  Comportamentos reprovados pelos jovens estudantes Sebastião Barbosa (AEOH) e Luciano Magalhães (ESTGOH), que também se mostraram defensores da igualdade entre homens e mulheres nos seus vários contextos.

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