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Oliveira do Hospital com orçamento de cerca de 32 milhões de Euros para 2020

O Município de Oliveira do Hospital aprovou, por maioria, na última Assembleia Municipal, realizada no passado dia 27 de dezembro, o orçamento para 2020 no valor de 31 718 318 Euros, com dois votos contra do CDS-PP e quatro abstenções do PSD.

O ponto número oito da Ordem do Dia da Sessão Ordinária da Assembleia, que previa a apreciação e a votação do Orçamento da Receita e da Despesa para o próximo ano, gerou alguma discussão entre deputados dos vários partidos.

Do lado do CDS-PP, Sérgio Minas, afirmou que o orçamento para 2020 “é definido e assente em linhas orientadoras que já vêm sendo seguidas desde anos anteriores”. “É um orçamento repetitivo, pouco evolutivo, com muitas rúbricas praticamente inalteradas”, disse, defendendo que “é um orçamento desenquadrado da realidade e, talvez, acima das reais possibilidades do executivo, com uma capacidade de realização que se prevê baixa”. Contudo, o deputado do CDS-PP assinalou “de bom grado” a “inclusão da execução do Campus Educativo que vai dar uma nova centralidade à cidade”. Na ocasião, Sérgio Minas referiu que “Oliveira do Hospital precisa de uma verdadeira força de oposição construtiva que se perdeu há anos”.

André Duarte (PS) defendeu que o orçamento “foi desenhado a régua e esquadro”, ou seja, “é algo possível”. “Senhor presidente, vale a pena ser ambicioso”, disse. Para o deputado do PS, o que mais impressiona é o lado da despesa. “Aí vemos os objetivos desta equipa, o esforço extraordinário de financiar as freguesias com 650 mil Euros, de alocar 900 mil Euros a instituições sem fins lucrativos e de suportar as escolas com mais de quatro milhões de Euros”, justificou.

Deputado do PSD, João Brito mostrou-se duvidoso na proposta do executivo, pois, na sua perspetiva “são despesas que não vão existir nem vão ser concretizadas”. “O PSD vê este orçamento como mais um que não traduz a realidade do nosso concelho. O PSD vê com bons olhos as obras inscritas, contudo é preciso concretizá-las”, afirmou.

Carlos Maia, presidente da concelhia do PS de Oliveira do Hospital, em resposta às intervenções da oposição, relembrou a tragédia que assolou o concelho em outubro de 2017. “Tivemos um grande revés no meio disto tudo porque podem ter a certeza: se não tivesse acontecido, hoje não estávamos seguramente a discutir aqui as obras que não estão feitas”, afirmou, defendendo que “os compromissos são para cumprir”.

Também em discordância com os deputados da oposição, Rui Monteiro (PS) referiu que “este orçamento reflete a opção clara na ambição, no desenvolvimento, no rigor e na preocupação social do Município que resulta há dez anos”. “Não comparem orçamentos. Comparem execução. Nunca ninguém executou tanto como este executivo”, concluiu.

Em resposta às intervenções neste oitavo ponto da ordem do dia (Bruno Amado, Sérgio Minas, Carlos Inácio, André Duarte, João Brito, Luciano Correia, Aníbal Correia, Carlos Maia, Tiago Martins e Rui Monteiro), José Carlos Alexandrino, presidente do Município oliveirense, lamentou que “a oposição só tenha ideias de cópias de outros concelhos”.

“Eu sei que vocês sentem-se incomodados com o nosso sucesso e com a nossa maneira de governar”, disse, realçando que “hoje o concelho de Oliveira do Hospital é um concelho diferente”. “Hoje, Oliveira do Hospital tem uma identidade própria. Criámos uma estratégia porque faltava coragem nesta Câmara, rematou.

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