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Oliveira do Hospital aposta em Jornadas para defender a Literatura Oral e Tradicional

“Contos, Rezas e Lendas” foi o tema do primeiro dia da iniciativa “letra a Letra” – Jornadas da Literatura Oral e Tradicional, que está a ser promovido pelo Município de Oliveira do Hospital, com o objetivo de “proteger um património que infelizmente se vai perdendo e que é transmitido por via da oralidade”.

A primeira edição das Jornadas arrancou no Flag Hotel Convento do Desagravo, em Vila Pouca da Beira, onde hoje também decorre a abordagem sobre “Dialetos e Línguas Oficiais”, com destaque para o Verbo dos Arguinas. Amanhã, último dia das Jornadas, a iniciativa vai decorrer no espaço da Biblioteca/Ludoteca de Lagares da Beira, sob o tema “Gastronomia Tradicional: Um património Imaterial”.

“ Letra a  Letra” decorre do projeto de Programação Cultural em Rede “Tradição da Serra ao Mar”, da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. Trata-se de “um projeto de parceria, de rede, em itinerância para promover a cultura, umas vezes mais de inovação, outra vez de ir à raiz”, como está a acontecer agora em Oliveira do Hospital. “Hoje vamos à raiz, vamos à oralidade, às histórias intemporais passadas de geração em geração”, defendeu o presidente do Município. Para José Francisco Rolo “é estimulante haver este projeto em Oliveira do Hospital”, sobretudo, por “ser aberto ao público” e por chegar “à escola que é um espaço de reprodução de todas estas histórias”. “Este e um projeto de carácter reprodutivo, claramente educativo”, que na opinião do autarca “tem o mérito de proteger um património que, infelizmente, se vai perdendo e que é transmitido por via da oralidade: os saberes, as tradições, os ditos e mexericos, rezas, lendas e benzeduras”.

Estas jornadas “são o primeiro arranque” de um projeto que a vereadora da Educação e Cultura espera que possa dar voz, transmitir e partilhar conhecimento daquilo que são as riquezas do nosso concelho”.

No arranque da iniciativa, Graça Silva valorizou o espaço onde as mesmas decorrem, nos dois primeiros dias, que “é um local maravilhoso, um monumento classificado de interesse público e que é importantíssimo que seja promovido”.

Esclareceu também que a realização das Jornadas da Literatura Oral e Tradicional veio substituir a habitual Feira do Livro que decorria por esta atura, mas cujo modelo “está estava esgotado”. “Entendemos que devíamos mudar o figurino e a forma de poder partilhar o conhecimento. No Letra a Letra, os livros “estão sempre à mesa”, há pessoas a apresentar livros e há a possibilidade de aquisição de livros”.

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