O Município de Oliveira do Hospital vai proceder, a partir do dia 1 de janeiro de 2020, à comparticipação de medicamentos a pessoas que se encontrem “em situação de carência económica”, com a implementação do programa OHá+Saúde.
Na ocasião, José Carlos Alexandrino, presidente da autarquia de Oliveira do Hospital, afirmou que o objetivo do programa “é claro”. “É garantir o acesso ao medicamento a qualquer munícipe de Oliveira do Hospital que se encontre numa situação de carência económica, que o impossibilite de adquirir medicamentos que lhes sejam prescritos pela receita médica”, explicou. O autarca deu o exemplo de “pessoas com uma reforma de miséria que, muitas vezes, têm de fazer um esforço financeiro enorme”.
Sobre o procedimento do programa, Augusto Meneses, presidente da Delegação do Centro da Associação Nacional das Farmácias (ANF) e representante da Associação Dignitude, afirmou que “pela primeira vez na história, dois setores que nem sempre estão alinhados, a saúde e o setor social, uniram as mãos”.
Segundo o responsável, o programa “quer-se solidário, agregador, anónimo e nacional”. Nacional porque, tal como justificou, permite que um beneficiário tenha acesso ao medicamento seja na sua localidade, seja noutro local do país”.
“Os custos são totalmente suportados pelos promotores iniciais, sobretudo a ANF e Abifarma (Associação Brasileira de Indústrias Farmacêuticas). Cada euro que é colocado no fundo do ABEM é usado na comparticipação dos medicamentos”, explicou.
De acordo com Augusto Meneses, a aquisição dos medicamentos é feita “através de um cartão com o qual o utente se dirige à farmácia, num total anonimato”.