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‘Ocupar a Velga’ de regresso a Valezim com espetáculos, formações artísticas, encontros e atividades

Facebook Produção d'Fusão 2022

A segunda edição do ‘Ocupar a Velga’ ressurge com a “convicção de que arte e cultura são aliadas no combate à desertificação do território”. Durante seis dias de ocupação em Valezim, espetáculos, formações artísticas, encontros e atividades participativas ocupam as ruas e os espaços da aldeia.

Em nota enviada à Rádio Boa Nova, a organização adianta que, para os mais novos, a semana começa mais cedo com a terceira edição do miniLAB de artes performativas, que ocorre de 14 a 18, para crianças dos 3 aos 13 anos com a orientação de Bernardo Chatillon e Adriana Neves.

No dia 15, para despertar o corpo e a mente, iniciamos a manhã com uma sessão de pilates orientada por Joana Rebelo. Em seguida, descobrimos as plantas e os saberes da terra na “Caminhada com as plantas” pela aldeia de Valezim, um trajeto guiado pelo Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE). Para encerrar o dia, a Trupe Fandanga apresenta “Ai de Mim, Ai do eu…”, um micro espetáculo de teatro, com várias sessões, sobre uma marioneta efémera feita de barro e mãos, que se despoja acidentalmente do seu ego e altivez.

No dia 16, o convite é para juntar o seu farnel ao piquenique comunitário: o ponto de encontro é na Velga do Salão Paroquial. Aberto o apetite, a noite é de circo com a companhia Teatro do Mar e o espetáculo Mutabilia, no Ringue.

Para o dia 17, há sessão de leitura de poesia em voz alta, conduzida por Andresa Olímpio. O serão é de cinema ao ar livre com “Os demónios do meu avô” de Nuno Beato. Uma animação sobre a história de Rosa, o seu avô e as várias perspetivas de voltar à terra.

O dia 18 começa com Catapulta, uma viagem ao pôr do sol com pedais de efeitos, loops, um bouzouki, instrumentos caseiros, sintetizadores e voz. Em seguida, no Simulacro de Margarida Montenÿ e Carminda Soares, a dança assume intimidade, repetição e resistência, potencializando estados de vulnerabilidade, expectativa e tensão. A noite encerra com as batidas eletrónicas de DJ Rakubah no CREV.

O último dia de ocupação termina como começou: com uma sessão de pilates conduzida por Joana Rebelo. Após o almoço, Jaime Rebelo partilha o ofício de sapateiro. Um momento de alerta para o declínio das várias profissões ligadas ao artesanato. Ao final da tarde, a proposta é uma experiência coletiva de ritmos e construção musical com o círculo de tambores de Hugo Wittmann | RITMOS, na Praça da Igreja. À noite, a última ocupação é no Terreiro Dona Luzia, com Ana Lua Caiano e a sua fusão musical, que combina música tradicional portuguesa com a música eletrónica e “sons do dia-a-dia”. Em seguida, Soluna apresenta um mix único de géneros urbanos, synth pop e afrobeats, abrindo caminho para a festa de encerramento com Von-Cente, que promete finalizar esta edição do OCUPAR A VELGA com sofisticação, amor e tesão ao som de house tónico, espelhado e brilhante.

O OCUPAR A VELGA é um projeto da Produção d’Fusão, financiado pelo BPI | Fundação “la Caixa”, Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal de Seia, Junta de Freguesia de Valezim, Associação Vallecinus Cultura e Desporto e com o apoio do Clube Recreativo e Educativo Valezinense, Associação de Arte e Imagem de Seia e 7ª SENA – Núcleo Cinéfilo de Seia.

*Velga (talvez do castelhano embelga, courela, leira) é, na tradição oral, o nome dado aos pequenos campos cultivados que se distribuem nas encostas da serra da Estrela onde outrora se plantavam batatas e semeava centeio, milho.

A Produção d’Fusão inicia a sua atividade em 2018 com o objetivo de apoiar artistas emergentes a desenvolver o seu trabalho, com especial ênfase nas artes performativas. Tem tido a oportunidade de trabalhar com diversos criadores, acompanhando os processos criativos desde tenra fase, até à sua difusão, contemplando a pré-produção, gestão orçamental e de equipas, planificação e produção executiva.

Atualmente divide o seu foco de trabalho enquanto incubadora de artistas – nos quais inclui Beatriz Soares Dias, Diana Niepce, Lewis Gillon & Joana Mário e Rui Paixão – numa perspetiva de gestão da sua carreira profissional; difusão de outros projetos pontuais em território nacional e internacional; e ainda no desenvolvimento de projetos próprios no âmbito do apoio à criação e desenvolvimento de públicos. Pontualmente desenvolve curadoria de produção para festivais e outros projetos artísticos.

A Produção d’Fusão é uma associação sem fins lucrativos, que integra nos seus órgãos sociais vários produtores nas áreas da dança, teatro, artes plásticas e música. É gerida por Patrícia Soares e Filipe Metelo.

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