O presidente do Município de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, disse hoje em reunião pública do executivo, que pondera avançar com a “rescisão litigiosa” …
… com a empresa CIP- Construções Irmãos Peres, por incumprimento na realização dos trabalhos na escola sede do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital
A preocupação em torno da demora dos trabalhos na escola, que para além da remoção das placas de fibrocimento, contempla também a substituição de caixilharia, entre outros trabalhos, fez eco em reunião do executivo, com o vereador (PS) e diretor do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital a dar conta do seu desagrado nesta “novela que já está com muitos episódios e a criar grandes transtornos”. “Temos que fazer algo mais concreto e objetivo, porque está a haver uma certa negligência por parte da empresa que está a descurar os compromissos assumidos”, afirmou Carlos Carvalheira, verificando que o pavilhão que se encontra a descoberto está “extremamente degradado”, porque tem chovido com “grande abundância”. “Estamos muito preocupados”, referiu o responsável que, em anteriores declarações à Rádio Boa Nova, estava em crer que os trabalhos seriam retomados pela empresa no final do mês de fevereiro.
José Carlos Alexandrino, presidente do Município, foi mais longe ao considerar que estas obras são “um pesadelo”. “Fizemos tudo para que as coisas corressem bem . Mas o que me parece é que os técnicos da Câmara e os técnicos da empresa estão em lados opostos”, referiu o autarca, notando que a esta altura “já deveriam estar quatro pavilhões prontos e não estão”. No entender de José Carlos Alexandrino, a empresa está a protelar o andamento da obra, sendo que agora o impasse se prende com os parafusos a utilizar e que são na ordem dos 90 mil. Para o autarca, a situação é “insustentável”, pelo que já solicitou “parecer jurídico” tendo em vista “a rescisão litigiosa” com a empresa. “Ou há correção rápida antes de entrar o processo, ou então não voltarei atrás”, avisou o autarca, lembrando que estão em causa verbas do quadro comunitário.
Na ocasião, o vereador do PSD disse já saber que a obra estava com problemas. Para João Paulo Pombo Albuquerque, neste processo em que a Câmara Municipal se assumiu como dona da obra, o presidente do Município foi “apanhado a fazer bem”. Com conhecimentos na área da metalurgia, o eleito pelo PSD disponibilizou-se para ajudar na situação dos parafusos. Em jeito de brincadeira constatou que “se calhar faltou-nos um parafuso quando andámos com isto para a frente”.