As obras de requalificação, modernização e ampliação da Escola Secundária de Arganil tiveram início na passada segunda-feira, marcando o arranque de uma intervenção que representa um investimento superior a 5 milhões de euros. Financiada maioritariamente pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), com 4,5 milhões de euros alocados, a obra terá uma duração aproximada de um ano e meio.
Na passada quarta-feira, o Presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, apresentou o projeto à comunidade escolar, numa sessão que decorreu no polivalente da escola. Durante a sessão, o autarca destacou que intervenção reflete o compromisso da autarquia em melhorar as condições educativas no concelho, garantindo uma infraestrutura mais moderna, funcional e acessível para as futuras gerações de alunos.
O principal objetivo desta obra é a renovação dos espaços físicos da escola, com a introdução de novos equipamentos alinhados com os desafios da transição verde e digital, tornando a Escola Secundária de Arganil mais acessível, funcional e energeticamente eficiente. A intervenção pretende, ainda, criar um ambiente mais moderno e sustentável, promovendo melhores condições de ensino para os alunos.
O edifício da escola, construído na década de 1980, apresenta atualmente diversos problemas, nomeadamente ao nível da acessibilidade, organização, degradação de materiais e patologias nas estruturas e coberturas.
A requalificação abrange o Bloco de Receção e Convívio, prevendo-se uma reformulação que visa melhorar a acessibilidade e reorganizar as áreas de gestão, incluindo a secretaria e a biblioteca. No Bloco de Salas de Aula, serão feitas melhorias nos espaços das disciplinas práticas e nos sanitários para garantir uma acessibilidade adequada. No Pavilhão Gimnodesportivo, a intervenção incluirá a reestruturação dos balneários e a substituição do pavimento da área de jogo, visando otimizar a segurança e as condições de uso.
Vai ser criado um novo no bloco de aulas oficinal, permitindo a criação de novos espaços funcionais, incluindo arquivo, sala de robótica, estúdio multimédia e uma área formativa de saúde. Já as áreas exteriores, serão alvo de reformulação, com a criação de novas zonas verdes e a reorganização da área de lazer e estacionamento.
O presidente da Câmara Municipal sublinhou a preocupação da autarquia em reduzir ao máximo o impacto das obras. A contratação de contentores, num investimento de cerca de 400 mil euros, permitirá que as atividades letivas decorram em paralelo com as obras, reduzindo a necessidade de interrupções.
“Independentemente das soluções que calculámos para podermos ter a atividade letiva a funcionar com tranquilidade, é provável que surjam alguns constrangimentos; não há obras que não os tenham”, frisou Luís Paulo Costa, apelando à compreensão de professores e alunos “para esses constrangimentos, pese embora os esforços que estamos a fazer para que eles não se verifiquem.”
Do investimento global, foram destinados cerca de 700 mil euros à aquisição de material e equipamentos escolares, com o objetivo de proporcionar aos alunos um ambiente de aprendizagem mais moderno e adequado às suas necessidades.
O projeto visa não apenas a renovação e requalificação dos espaços educacionais, mas também a melhoria das condições administrativas e de lazer, com o objetivo de otimizar o desempenho funcional e energético da escola. A criação de uma imagem contemporânea para o edifício, com a reorganização das zonas de circulação e das áreas de estar, contribuirá para um ambiente educacional mais agradável e sustentável.