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“O 15 de outubro de 2017 faz parte da história de Oliveira do Hospital. Há um antes e um depois”

António Costa, Andrew Smiler, Bernarda Matias, Cristiana Brito, Isilda Garcia, João Costa, Maria Celeste Alves, Maria da Graça Costa, Maria Fernanda Augusto, Maria Rosa Marques, Paulo Costa, Pedro Neves e Ramiro Faria. As 13 vítimas do grande incêndio de 15 de outubro de 2017, que atingiu 97% do concelho de Oliveira do Hospital, foram homenageadas no dia em que se assinala cinco anos após a tragédia.

O fatídico acontecimento foi evocado pelo Município de Oliveira do Hospital, com uma romagem aos cemitérios das localidades onde se encontram sepultadas as vítimas mortais do incêndio, com deposição de uma coroa de flores: Avô, Ervedal da Beira, Nogueira do Cravo, São Gião, São Paio de Gramaços, cemitério novo de Oliveira do Hospital, Travanca de Lagos e Vila Pouca da Beira. Pelas 18h00, os sinos das igrejas tocaram 13 badaladas em homenagem às vítimas e foi celebrada uma missa na Igreja Matriz de Oliveira do Hospital, acompanhada pelo Coral Sant’Ana.

“Não é só ser mais um ano. São cinco anos que passaram sobre o momento que mudou Oliveira do Hospital e as nossas vidas. As marcas ainda cá estão”, começou por dizer José Francisco Rolo, na cerimónia evocativa. O presidente do Município oliveirense afirmou que o momento pretendeu “homenagear as vítimas mortais, os familiares e os que ficaram com sequelas, sobretudo na saúde mental”. Cinco anos depois, “recuperaram-se as casas, a indústria e o setor agropecuário”, encontrando-se o Município “num processo empenhado de recuperar o património florestal”. Apesar de toda a recuperação visível aos olhos de quem passa pelo concelho, “o 15 de outubro de 2017, em algumas pessoas, ficou marcado na carne, noutras na cabeça e na forma como se relacionam e comportam”.

“Há ainda uma ansiedade e hoje estamos todos mais despertos para aquilo que nos aconteceu”, afirmou o autarca, considerando que “hoje temos mais cuidados, mais medo do fogo e somos mais preventivos”.

“Hoje percebemos que o fogo é perigoso”

Para José Francisco Rolo, hoje “foi dia de homenagear as famílias e as vítimas mortais e, acima de tudo, homenagear um concelho, que pelos empresários e comunidade em geral, se conseguiram reerguer das cinzas”. “Felizmente conseguimos, em cinco anos, reerguer-nos das cinzas, reorganizar as nossas vidas e olhar para o futuro com esperança. O 15 de outubro de 2017 faz parte da história de Oliveira do Hospital. Há um antes e um depois do dia 15 de outubro de 2017”.

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