Nuno Alves, presidente da Concelhia do CDS-PP de Oliveira do Hospital, é candidato da coligação liderada por aquele partido à Câmara Municipal oliveirense.
A apresentação da candidatura aconteceu, esta tarde, na Pousada do Convento do Desagravo, em Vila Pouca da Beira.
O CDS-PP está oficialmente na corrida à presidência da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital. A cerca seis meses das eleições autárquicas- acontecem dia 1 de outubro – o CDS-PP surge com uma coligação com o Partido Popular Monarquico (PPM) e o Movimento Partido da Terra (MPT), da qual é o partido líder. Nuno Alves, conhecido médico oliveirense, com 43 anos foi o escolhido para liderar a candidatura, que se apresenta como uma candidatura “positiva e construtiva”. “Queremos que os nossos filhos tenham um futuro melhor que o nosso”, referiu o candidato, que parte para este projeto com o objetivo de fazer de Oliveira do Hospital um concelho “mai ativo, com mais qualidade e dinâmica” “ e “mais voltado para o futuro”. Entre as medidas que pretende aplicar, destaque para a redução do número de vereadores em permanência no executivo municipal. Até lá, Nuno Alves está certo do caminho que tem a percorrer. Antecipa uma “campanha difícil” frente a “um candidato difícil”.
Na coligação liderada pelo CDS-PP, cabe ao presidente da Comissão Política Distrital e deputado na Assembleia Municipal, Luís Lagos, liderar a candidatura à Assembleia. Num olhar a este projeto autárquico, Lagos nota que o objetivo “é ganhar”, porém mais cauteloso, frisa que um bom resultado é eleger um vereador para a Câmara e dois deputados para a Assembleia (Luís Lagos é o único deputado do CDS-PP na AMOH). Ainda que habituado à política, Luís Lagos verificou esta tarde que tal como ele, também Nuno Alves não precisa da política. Apreciou, por isso, a coragem do candidato à Câmara. “Temos tudo a perder”, registou.
A candidatura do CDS-PP, em coligação com PPM e o MPT, é a segunda a ser conhecida em Oliveira do Hospital, logo a seguir à do PSD. Saiu assim gorada a falada coligação entre o PSD e o CDS-PP. “Não foi possível”, explicou Luís Lagos, verificando que o PSD vai a votos sob a capa de uma “coligação contra o presidente da Câmara”. “É uma coligação negativa e não positiva. A nossa coligação é da proposta política”, disse também o líder da distrital centrista, clarificando que o objetivo da candidatura do CDS-PP também “não é fazer oposição à oposição”, no caso ao PSD. “Não foi possível. Amigos com antes”, disse ainda.
Já sobre a eventual recandidatura de José Carlos Alexandrino, Luís Lagos não fechou os olhos à realidade. “É o candidato mais forte à Câmara Municipal. São oito anos de exercício de poder e oito anos de campanha eleitoral. Mas há muita coisa onde esteve mal”, afirmou, notando que o objetivo do CDS-PP é “ajudar o concelho”, no caso, com a redução do IMI para o minínimo e a devolução do IRS. “É preciso financiar as pessoas e não as instituições”, registou Luís Lagos, sem com isso fechar os olhos ao “novo clima” conseguido com a eleição de Alexandrino, pondo fim “ao clima negativo e acizentado na relação com o poder”. “Havia uma torre de marfim…” comparou, para agora verificar que não bastam as “boas palavras, beijinhos e apertos de mão”. “É preciso dar liberdade às pessoas”.
Com a coligação que lidera, o CDS-PP pretende avançar com candidaturas “ao maior número possível” de freguesias. Maria José Falcão de Brito foi hoje apresentada como candidata à União de Freguesias de Oliveira do Hospital e S. Paio de Gramaços. O objetivoé fazer “crescer Oliveira do Hospital”, afirmou.