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“Nunca duvidei que fosse possível. Estou orgulhoso do nosso trabalho”

A duas jornadas do fim do campeonato, o Futebol Clube de Oliveira do Hospital (FCOH) garantiu a manutenção na Liga 3.

Em segundo lugar, com 11 pontos, a equipa oliveirense beneficiou, ontem, do empate por 1-1 do Oriental Dragon com o Sporting B.

Apesar de todas as adversidades, como o orçamento reduzido, o arranque de época com surto de Covid-19 e “andar com a casa às costas”, “o trabalho foi recompensado” e o FCOH continuará a “representar o interior” na terceira liga.

“É um dia para o Futebol Clube de Oliveira do Hospital recordar. Quando eramos apontados como os principais candidatos à descida, como aqueles que iam fazer poucos pontos e agora, chegar a duas jornadas do fim, e termos a manutenção garantida com todas as dificuldades que passámos, é um dia para relembrar”, afirmou Tozé Marreco em entrevista à Rádio Boa Nova.

Para o técnico dos azuis e brancos, o “sabor” de garantir a manutenção é “diferente” de quando alcançaram a subida de divisão. “É um sabor incrível, de muito trabalho e que, efetivamente, foi recompensado”, referiu, defendendo que “os treinadores não têm só responsabilidades quando as coisas não correm bem”. Atribui, assim, o mérito à equipa técnica e a “maior fatia do sucesso aos jogadores porque souberam ouvir, compreender e crescer”. “Essa evolução foi notória. Os jogadores são o mais importante num clube e eles não estavam habituados a este tipo de competição”, sublinhou.

“Obviamente que estou orgulhoso deles. Estou contente pelo trabalho que eu e a minha equipa técnica fizemos, porque saiu-nos do corpo, vivemos para isto. Andámos oito meses atrás do prejuízo, mas felizmente correu bem”.

Há duas épocas na liderança do FCOH e a comandar pela primeira vez uma equipa sénior, Tozé Marreco assume que “nunca” duvidou que fosse possível alcançar este feito. O técnico confessa que “o mais fácil teria sido sair no ano passado ou sair este ano quando houve abordagens para o fazer, tal como o presidente Mário Brito podia ter abdicado” do seu trabalho. No entanto, a decisão foi “seguir um caminho juntos”. “E a prova disso é que estamos aqui com o sucesso alcançado”, frisou.

A esta altura, o treinador afirma que “o grande balanço e a grande conclusão desta época tem de ficar à responsabilidade do clube e do Município”, realçando que “o concelho tem novamente a oportunidade de ter um clube na Liga 3” como “muitos do interior não têm”.

Considerando que muitos dos jogos “foram de 2ªLiga”, Tozé Marreco defende que “se querem estar a este nível, o clube e o Município têm que dar outros passos para haver outras condições”.

À Rádio Boa Nova, o técnico alertou, uma vez mais, para o facto de o clube “andar com a casa às costas” que, “a este nível, não faz sentido”. “É preciso criar condições para que isso não aconteça. Nós adaptámo-nos e criámos soluções, mas não é fácil treinar em Nelas, em Tábua, em Oliveira do Hospital, em sintéticos e relvados. No meio disto tudo soubemos resolver este problema”, disse, acrescentando que “o que há a melhorar cabe à direção do clube e ao Município”.

Questionado quanto ao futuro, Tozé Marreco não hesita em afirmar que “o futuro será apenas daqui a duas semanas”. De acordo com o treinador, a sua “decisão já foi comunicada ao presidente”, a quem agradece “por nunca ter duvidado” do trabalho da equipa técnica.

Agora, apesar de “o mais importante estar conquistado”, resta ganhar os dois últimos jogos da época.

No próximo dia 24 de abril (5ª jornada) o FCOH recebe, em casa, o Oriental Dragon. A última jornada (6ª) é em Alcochete frente ao Sporting B. Para já, a Série 6 é liderada pelo Real SC, com 12 pontos.

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