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“Nem todas as pessoas vacinadas vão ficar imunizadas”

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou, esta terça-feira, em conferência de imprensa, que “nem todas as pessoas vacinadas vão ficar imunizadas”, porque “ainda não temos imunidade de grupo” e é preciso “continuar a usar os métodos de proteção”.

Na habitual conferência de imprensa de atualização de informação relativa à pandemia de covid-19, Graça Freitas começou por dizer que já “foram distribuídas 32 mil doses, mas estas carecem de outras 32 mil para completar o esquema vacinal. Ontem [segunda-feira] iniciou-se a vacinação nos lares de idosos e temos de ter critérios de prioridade, o que neste caso são os concelhos de maior risco. Vão ser vacinadas cerca de 150 instituições e serão abrangidas cerca de 12 mil pessoas”, esclareceu, acrescentando que as autoridades estão “a considerar o critério idade”. “As pessoas mais idosas são uma das prioridades do ministério da Saúde”, disse a diretora-geral da Saúde.

Porém, “nem todas as pessoas vacinadas vão ficar imunizadas, ainda não temos imunidade de grupo”, alertou. “As pessoas que estão à volta também não estão protegidas e temos de continuar a usar os nossos métodos de proteção, que não podem ser abandonadas enquanto não houver imunidade de grupo. Aconselho as pessoas a estarem atentas a sinais e aos sintomas que já conhecem e que contactem as autoridades de saúde. Isso é muito importante para evitar novas cadeias de transmissão”, esclareceu.

SNS vai “adaptar-se” ao aumento do número de casos

“Todas as semanas fazemos com os dados mais atuais a atualização do risco por concelho e é com base nisso que o Conselho de Ministros toma as medidas. Será o Conselho de Ministros que tomará as decisões que entender por bem tomar”, esclareceu a responsável.

Sobre o aumento do número de novos casos, a diretora-geral da Saúde afirmou que “mesmo que os números aumentem, o SNS ainda terá capacidade de se adaptar, reorganizando a sua oferta de cuidados. É uma preocupação acrescida, mas o SNS está a preparar-se para isso e vai conseguir adaptar-se”, assegurou.

“Registados até à data, temos 417 surtos ativos, desses 55 são no Norte, 25 no Centro, 284 em Lisboa e Vale do Tejo, 29 no Alentejo e 24 no Algarve”, informou Graça Freitas. “Relativamente à taxa de ocupação geral nos hospitais, estará entre os 70% e os 90%”.

“Grande preocupação” com casos de reinfeção

Quanto às reinfeções, que começam a aparecer mais, a responsável assume que “é uma situação preocupante” e que “a duração da imunidade faz toda a diferença”. “É com grande preocupação que vemos os casos de reinfeção”, disse.

Relativamente à questão da nova estirpe do coronavírus e às escolas, Graça Freitas relembrou que “carece de confirmação que essa variante se propague mais rápido nesses ambientes” e que “não há indícios de que seja mais grave ou mais violenta”.

Fonte: JN

Reveja a Conferência de Imprensa:

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