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“Não há condições para prosseguir o plano de desconfinamento”. Governo impõe travão em 25 concelhos

“Portugal encontra-se claramente na zona vermelha da matriz, pelo que não existem condições para prosseguir o plano de desconfinamento previsto”, anunciou Mariana Vieira da Silva, revelando que a incidência é, neste momento, de 129.6 no continente e o R de 1.18, também no continente”. 

A ministra da Presidência continuou dizendo que, se ao longo de todo o processo de desconfinamento – até parte de junho, foi sempre possível permanecer na zona verde ou amarela, neste momento Portugal “tem níveis de incidência preocupantes”, razão pela qual “não temos condições de avançar”. 

Mariana Vieira da Silva sublinhou o facto de, ao longo da última semana, o país ter tido um aumento de casos de 34% e um crescimento dos internamentos de 30% e dos internados em Unidades de Cuidados Intensivos de  cerca de 26%. 

“Quando olhamos para a dispersão territorial da pandemia no território, vemos que, embora umas partes do país se encontrem com níveis de incidência abaixo dos limites, tanto em AML, como no Alentejo, como no Algarve, verificam-se territórios com níveis de risco mais graves”, disse. 

Paralelamente, e apesar do cenário no país ser mais negativo, há concelhos que “conseguem recuperar”. É o caso, esta semana, de Águeda e da Sertã. Mariana Vieira da Silva indicou que temos “muitos concelhos já em situação de alerta, cerca de 19”, que estão essencialmente na periferia da área de LVT, na zona Centro e também no Algarve. 

A governante anunciou que os concelhos  com níveis elevados ou muito elevados de incidência terão durante a próxima semana “regras distintas”.

Em primeiro lugar, há 25 concelhos que, por terem por duas semanas consecutivas, mais de 120 casos ou 240 casos por 100 mil habitantes, terão os horários [da restauração, por exemplo] diminuídos para as 22h30. “O conjunto de regras que se aplicava até agora a poucos concelhos, como em Lisboa, aplicar-se-ão a 25 municípios. O que significa um recuo significativo que decorre da aplicação da matriz”. Entre estes concelhos estão: Alcochete, Almada, Amadora, Arruda dos Vinhos, Barreiro, Braga, Cascais, Grândola , Lagos, Loulé, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odemira, Odivelas, Oeiras, Palmela, Sardoal, Seixal, Setúbal, Sines, Sintra, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira. 

A ministra anunciou ainda que há “três concelhos que recuam, dois novos e um que já estava”, e que são: Albufeira, Lisboa e Sesimbra (que já estava recuado). Nestes concelhos, “a partir deste fim de semana”, os restaurantes passam a encerrar às 15h30, bem como os estabelecimentos comerciais. Já os supermercados fecham portas às 19h.

Também vai voltar este fim de semana (26 e 27 de junho), adiantou a ministra, a proibição de circulação de e para a Área Metropolitana de Lisboa (AML) e confirma-se que os restaurantes vão fechar mais cedo (15h30) este fim de semana. Porém, destacou a ministra, há uma novidade no que diz respeito à proibição de circulação na AML. Este fim de semana haverá “a possibilidade de sair ou entrar (…) recorrendo a um teste negativo ou certificado digital”. 

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