O Município de Oliveira do Hospital decidiu, esta segunda-feira, cancelar a Festa do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital,…
… que estava agendada para o próximo fim-de-semana, dias 14 e 15 de Março, “com vista a salvaguardar a saúde pública e a prevenir a propagação do COVID 19”.
“Esta medida, que surge em consequência da auscultação das autoridades de saúde locais e distritais, assim como das últimas recomendações da Direção Geral de Saúde relativamente à realização de grande eventos, surge também numa altura em que diversos grupos oriundos dos mais diferentes pontos do país, acabam de comunicar ao Município de Oliveira do Hospital o cancelamento das visitas à maior festa do queijo do país”, refere em comunicado a autarquia, informando que também “o Presidente da República deu conta, esta manhã, da sua indisponibilidade para estar presente no evento, em virtude de ter suspendido a agenda por duas semanas”.
Marcelo Rebelo de Sousa, que tinha confirmado a sua visita à Festa do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital, no próximo sábado, dia 14 de Março, explicou – numa nota publicada no site da Presidência da República – que “no momento em que todos os portugueses demonstram elevada maturidade cívica perante o surto virótico, entende o Presidente da República que deve dar exemplo reforçado de prevenção, sem embargo de continuar a trabalhar na sua residência particular”.
No comunicado enviado à Rádio Boa Nova, o presidente do Município de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, “lamenta profundamente ter que tomar esta difícil decisão, que foi unânime entre os membros da comissão organizadora”, sublinhando no entanto “que nada se poderá sobrepor à necessidade de proteger a população de um vírus, cuja propagação permanece incontrolável e já provocou milhares de mortes em todo o mundo”.
O autarca sublinha que “está em causa o cancelamento de um evento de dimensão nacional e que esta decisão terá um impacto muito negativo na economia local. No entanto, o sentido de responsabilidade e o primado da salvaguarda da saúde pública, obrigaram a esta tomada de decisão”.
“Todos os desenvolvimentos relativos a esta decisão, estarão dependentes da análise e da evolução da situação epidemiológica em Portugal e das recomendações das autoridades de saúde pública”, conclui a autarquia.
“Não me sentiria nunca de consciência tranquila se tivéssemos algum caso (Covid-19) por uma questão de fazermos a feira. A vida das pessoas sobrepõe-se a qualquer evento”, afirmou José Carlos Alexandrino.