O auditório da Biblioteca Municipal Miguel Torga acolheu, no dia 31 de julho, a sessão de esclarecimento sobre o Plano de Gestão Florestal do Projeto Floresta da Serra do Açor, que se encontra em fase de consulta pública até à próxima sexta-feira, 7 de agosto.
Segundo nota enviada à Rádio Boa Nova, a sessão foi composta por uma breve apresentação do Plano Gestão, numa perspetiva técnica e orientada para as ações preconizadas no projeto, e por um momento direcionado para a plateia, manifestamente interessada, para esclarecimento de dúvidas e apresentação de contributos.
No decurso das questões colocadas, a sessão contou com as intervenções do presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, e da vereadora com o pelouro da Floresta, Érica Castanheira, bem como de Beatriz Fidalgo, Raul Salas e José Gaspar, docentes da Escola Superior Agrária de Coimbra, entidade responsável pela supervisão e validação técnicas do Plano de Gestão Florestal.
Estiveram também presentes na sessão de esclarecimento os representantes das associações de compartes que integram a F.S.A. – Floresta da Serra do Açor, associação sem fins lucrativos responsável pela concretização do projeto, que tem como presidente Luís Paulo Costa.
O Plano de Gestão Florestal, peça técnica estruturante de todo o projeto Floresta da Serra do Açor, vai permitir a recuperação e revitalização de cerca de 2.500 hectares de terrenos baldios, fustigados pelas chamas em outubro de 2017, contando com o financiamento em cerca de 5 milhões de euros do Grupo Jerónimo Martins.
Em causa está a gestão integrada e profissional do espaço florestal do concelho, num horizonte temporal de 40 anos. “É um projeto que se distancia do que temos assistido por todo o país, por não se cingir à plantação da árvore, assumindo-se como um importante contributo para a reabilitação dos ecossistemas, para a preservação dos habitats, nomeadamente dos recursos hídricos, e que constitui uma clara aposta na alteração da paisagem”, destacou Luís Paulo Costa.
As plantações estão concentradas nos primeiros cinco anos do projeto, sendo que cerca de 85% dos povoamentos serão mistos, constituídos essencialmente por pinheiro bravo, castanheiro, medronheiro, carvalho e sobreiro. Serão privilegiadas as espécies autóctones, que se destacam por ter uma grande capacidade de autorregeneração e resistência ao fogo.
O que fazer para consultar o Plano de Gestão Florestal
O Plano de Gestão Florestal pode ser consultado, com uso obrigatório de máscara, no Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal de Arganil, nas instalações do Arquivo Municipal, diariamente, de 2.ª a 6.ª feira, entre as 10.30h – 12.30h e as 14.30h – 16.30h, com marcação prévia através do n.º de telefone 235200177. Todos os participantes poderão registar a sua participação através do preenchimento da “Ficha de Participação” disponível no local.