O Município de Arganil prepara-se para avançar com a instalação do Centro Municipal de Proteção Civil (CMPC) no centro da vila, um investimento que será “superior a 300 mil euros”.
Em comunicado enviado à Rádio Boa Nova, o Município explica que a infraestrutura vai ser instalada “no primeiro andar do edifício da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arganil, cedido à autarquia através de contrato de arrendamento, para uso exclusivo dos Serviços Municipais de Proteção Civil”.
Segundo a autarquia presidida por Luís Paulo Costa, a obra soma um investimento “superior a 300 mil euros, comparticipado em 85 por cento pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (cerca de 240 mil euros), após candidatura da autarquia ao CENTRO 2020, no âmbito da Proteção Contra Risco de Incêndios”.
De acordo com município, esta iniciativa irá permitir “dotar o concelho de um espaço físico, provido de equipamentos e recursos tecnológicos para albergar e facilitar o exercício de funções por parte da Comissão Municipal de Proteção Civil nas suas competências de coordenação institucional, quer na vertente política, quer na vertente da coordenação operacional, possibilitando a monitorização em permanência do território concelhio”.
Luís Paulo Costa reforça que este investimento é “de grande valor e significado para o território”, pois permitirá “reforçar os meios de segurança e de salvaguarda da população em situações como a que ocorreu em outubro de 2017”.
“O Centro vai estar preparado para servir as funções de uma organização diferenciada em situação de acidente grave ou catástrofe, por via da ativação do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil”, refere o presidente, relembrando que “os incêndios florestais que assolaram o concelho de Arganil e a região vieram demonstrar a vantagem de se criar um Centro com estas características, podendo constituir-se um elemento determinante para debelar situações críticas”.
A autarquia recorda que, “devido às falhas do SIRESP e dos restantes sistemas de comunicações, o concelho de Arganil ficou em isolamento total, não sendo possível contactar nem com o exterior, nem com as entidades no local, pelo que a existência de sistemas de comunicações locais, redundantes e não dependentes da rede de energia elétrica no imediato são determinantes para apoiar as operações de proteção e socorro”.
O município defende ainda que o futuro Centro Municipal de Proteção Civil vai ser constituído “por uma sala de operações, uma sala de crise, uma sala de planeamento, uma sala do chefe de sala e uma sala de descanso” e ainda de uma “zona para sustentação logística dos agentes dos dispositivos de resposta operacional, que integra três áreas de descanso e vários espaços comuns”.
A intervenção, para além de remodelar e adaptar o edifício, prevê ainda um “investimento significativo em recursos tecnológicos, hardware, software, comunicações, mobiliário e equipamentos que garantam autonomia energética em caso de necessidade”.