Hugo Alves, do Movimento de Intervenção Nacional pelo Ambiente (MINA) questionou, esta manhã, o executivo municipal de Oliveira do Hospital…
… se a oposição tornada pública à prospeção de lítio no concelho, na zona designada por “Boa Vista”, é para seguir em frente ou se “é meramente uma operação de cosmética”.
“Existe disponibilidade para travar uma batalha contra o poder central”, quis saber Hugo Alves que, em reunião pública do executivo oliveirense , defendeu uma tomada de posição que seja “efetiva”. “Temos que defender a região e há outras formas de poder crescer aqui. Não tem que ser através de úlceras nos terrenos. Aquilo são úlceras autênticas”, referiu o porta voz que disse ter testemunhos de pessoas da Austrália do que “aquilo provoca na terra e os danos que são permanentes”. “A troco de quê? De meia dúzia de trocos, de meia dúzia de empregos que são certamente para seis anos, dez anos e depois vão-se embora. As feridas vão cá ficar e as águas vão desaparecer. Nós já sabemos porque temos mineração em pequena escala aqui no concelho”, insistiu Hugo Alves, que foi também apoiado pela intervenção de Marcelo que também questionou o executivo sobre o caminho a seguir.
Ainda que tenha votado favoravelmente a posição do município contra a prospeção de lítio, o vereador do PSD, João Paulo Pombo Albuquerque não deixou de considerar que, sem a realização de prospeção, “andamos um bocado na “obscuridade”. “Somos contra o quê?”, questionou.
Da intervenção do grupo de populares resultou o compromisso de trabalho conjunto entre a autarquia e o Movimento (MINA) na luta contra a prospeção e exploração de lítio.