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Morreu a mulher que foi violada e vítima de agressão no Bairro João Rodrigues Lagos em Oliveira do Hospital

A mulher que, a 7 de maio de 2016, foi violada e vítima de agressão quase até à morte por um vizinho, no Bairro João Rodrigues, morreu ontem. As cerimónias fúnebres realizam-se esta segunda-feira pelas 17h15.

Ana Maria Marques Moura habitava sozinha no Bairro Social quando, na madrugada de 7 de maio de 2016, foi encontrada por vizinhos e muito “maltratada” sem roupa, ensanguentada e desmaiada no interior da habitação.

Um mês após a agressão, a Polícia Judiciária adiantou que o suspeito era um homem de 32 anos, vizinho da vítima que,” durante a noite, na casa da vítima, através de arrombamento, manietou-a e violou-a. Após concretizar o ato, agrediu-a, com inusitada violência, deixando-a gravemente ferida e em sério risco de vida”. O homem, após primeiro interrogatório, ficou sujeito a prisão preventiva.

Em abril do ano passado, o Tribunal de Coimbra condenou o homem a 15 anos de prisão, dando como provado que “violou a vizinha, que sofre de deficiência, num contexto de roubo, tendo ainda tentado tirar-lhe a vida, sem sucesso”. Foi ainda decidido avançar com uma indemnização, por parte do Estado, de cerca de 34 mil euros, confirmando o pedido do Ministério Público, que já alertava, na acusação “não ser de prever que o arguido venha a reparar o dano, nem que o mesmo venha a ser reparado por qualquer outra fonte, de forma efetiva e suficiente”.

De acordo com o Tribunal, o homem não só violou a senhora, como também a terá violentado com um objeto que não foi possível identificar, tendo tentado tirar a vida à vítima, que o poderia identificar, batendo-lhe primeiro com um cabo de vassoura e, posteriormente, atirando-a de cabeça contra uma parede. A julgar a mulher morta, o homem ainda roubou algum dinheiro e um telefone portátil. A mulher, já com deficiência mental e cognitiva, mantinha, ainda assim, uma vida independente, sofreu lesões graves e recuperava, muito lentamente, numa instituição.

Ana Maria Marques Moura, que perdeu toda a autonomia e se encontrava institucionalizada no lar da Fundação Aurélio Amaro Diniz, em Oliveira do Hospital, acabou ontem por falecer, com 59 anos. O funeral realiza-se hoje pelas 17h30, na Capela de Santa Ana para o cemitério velho da cidade.

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