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Moradora queixa-se de ruído de bar na cidade de Oliveira do Hospital

Uma moradora na cidade de Oliveira do Hospital foi, esta manhã, à reunião pública do Município queixar-se do ruído…

… que resulta de um bar localizado próximo da casa onde reside. Maria da Piedade disse ser uma mulher “tolerante”, mas considerou que a “paciência tem limites”.

Mãe de um “filho autista e que precisa de descanso”, a moradora entende que outros valores se levantam, razão pela qual na última noite solicitou a intervenção da GNR, já que “eram 3h49 da manhã e ainda se encontrava de pé”. Esta manhã, a mulher disse ser “muito tolerante e paciente, mas que a esta altura está exaurida e exausta”.

Na reunião do Município de Oliveira do Hospital, Maria da Piedade apelou ao executivo para que faça uma avaliação acústica nos bares e casa dos condóminos e uma revisão do horário de licenciamento. “Aquilo não pode estar aberto até às 2h00 da manhã, porque se propaga até às 4h00 e 5h00. É preciso avaliar esse impacto nocivo para a saúde”, referiu a moradora.

Maria da Piedade já tinha feito uma comunicação à Câmara Municipal, que segundo referiu, deu resposta às questões de higiene e das beatas, mas não se referiu ao ruído. José Carlos Alexandrino, presidente do MOH não se mostrou surpreendido com a queixa de Maria da Piedade na reunião de hoje, lendo mesmo o e-mail que ontem, dia 4, dirigiu ao comandante da GNR tendo em vista uma maior fiscalização no que respeita ao encerramento dos bares na horário estipulado (2h00, mais meia hora de tolerância).


O autarca adiantou que o Município tem aprovado de forma excecional (no Natal, na Páscoa, por exemplo) o alargamento do horário. “Temos sempre mantido o horário das 2h00, já que tem havido pressão dos bares para alargamento do horário”, referiu. Segundo o autarca, Maria  da Piedade não é a única a queixar-se, motivo pelo qual já solicitou à GNR uma maior fiscalização. Para o autarca verifica-se “um abuso”.

Sobre esta matéria, João Paulo Albuquerque, vereador do PSD, verificou que se os bares deixarem de poder estar abertos até às 2h, se acaba com a noite em Oliveira do Hospital, tal como já aconteceu em Seia e Nelas, por exemplo. Para o vereador, “sempre houve bares e condóminos e sempre houve soluções”, questionando a moradora se os ruídos saíam do bar ou aconteciam no exterior. Maria da Piedade, chegou a exemplificar os ruídos e a compará-los com tambores, mais parecendo “estamos em África”. “Ninguém consegue dormir”, frisou. Albuquerque notou que mesmo que se mantenha o horário, “o ruído tem que acabar”, já que “há soluções para isto, seja forçando o proprietário a fazer isolamento sonoro, ou a baixar o volume”.

José Carlos Alexandrino referiu ainda que o bar em questão não é o único que o preocupa. “Há muitos bares que me preocupam”, referiu o autarca, informando que a GNR tem aplicado coimas mas só relativas ao incumprimento dos horários. Mostrou-se igualmente preocupado com a ocorrência de “altercações entre jovens”.

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