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Monchique: Proteção Civil admite “outras causas que não negligência”

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O comandante operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil admite que, na origem do incêndio que deflagrou no início do mês em Monchique, haja “outras causas que não a negligência humana”.

Em declarações à RTP3, o coronel Duarte Costa sustentou ainda que falta ao país “ordenamento da floresta”.

O comandante operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil assinalou a velocidade de propagação do fogo, para admitir que as causas possam ir além da negligência.

“O incêndio de Monchique foi um incêndio que de um momento para o outro estava numa frente alargada, nos primeiros minutos, o que nos leva a supor que poderá ter tido até outras causas que não apenas a questão da negligência humana”, afirmou o coronel Duarte Costa.

“Está a ser investigado nesta altura. Não pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, mas por quem tutela as questões da investigação”, frisou o responsável.

A operação de combate mobilizou, além de largas centenas de operacionais e viaturas, quase três dezenas de meios aéreos. O comandante operacional da Proteção Civil afiança que “nunca houve tantos meios no terreno” como este ano para responder aos fogos florestais.

“Temos um conjunto de pré-posicionamentos que não é normal ter nesta altura do ano, com o valor que nós temos nesta altura. Nós desde o dia 2 de agosto, quando começou o estado especial de alerta, já tivemos dois mil incêndios. Se nos lembramos de que, desses dois mil incêndios, três por cento, à volta de 60, são grandes incêndios, foram todos, todos vencidos com o pessoal, os operacionais e o material que tinham”, vincou.

Duarte Costa coloca, por outro lado, a ênfase na prevenção, a começar pelo ordenamento do território florestal, mas também com uma nota para os comportamentos dos cidadãos.

“Nós na Autoridade de Proteção Civil ficamos com aquilo que nos resta. E aquilo que nos resta é uma floresta que é a que todos nós conhecemos e que necessita de ordenamento, que necessita de emparcelamento, que necessita de um cadastro que seja efetivamente capaz de poder permitir a gestão da floresta”, enumerou.

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