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Moção contra o eucalipto aprovada na Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital

A Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital aprovou, na passada sexta-feira, 25 de setembro, uma Moção contra o eucalipto e a favor da floresta autóctone.

A proposta, apresentada por André Pereira, deputado do PS, depois de uma larga discussão, acabou por ser aprovada com 13 votos a favor, 17 abstenções e um voto contra.

Face a este resultado, André Pereira afirma que se “fez política em Oliveira do Hospital, com diálogo e propostas”. “A aprovação por maioria desta Moção prova que, em Oliveira do Hospital, há quem tenha coragem, há quem assuma posições e há quem defenda o bem comum”, refere o deputado.

Na ocasião, André Pereira reforçou a ideia de que “o eucalipto destrói a floresta e empobrece Oliveira do Hospital” e, por isso, “há um trabalho a ser feito que não é fácil e não vale votos, mas do qual o nosso futuro depende”. O jovem socialista afirmou ainda que, “apesar deste combate não ser uma responsabilidade municipal, é uma emergência municipal”. Atendendo ao resultado da votação dos deputados, André Pereira considera que “é uma prova de que há muito trabalho de sensibilização e de pedagogia a serem feitos”.

Na Moção apresentada aos membros da Assembleia, constam os seguintes objetivos: “manifestar o repúdio para com todas as plantações de eucalipto que tenham sido executadas sem o parecer positivo da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital; propor à Câmara Municipal a análise da possibilidade de introdução de uma taxa de IMI agravada para os donos de prédios rústicos abandonados; propor à Câmara Municipal o desenvolvimento um plano sistemático de remoção de eucaliptos, pinheiros e acácias dos terrenos baldios e subsequente introdução de folhosas e propor à Câmara Municipal a execução de uma campanha de sensibilização da população sobre os riscos, malefícios e legalidade do plantio de resinosas”.

Na sua intervenção, André Pereira salientou que “um território com maior densidade de eucaliptos será mais propenso a incêndios de grande escala, que os danos serão necessariamente superiores aos benefícios e que o Município pode e deve encetar uma estratégia sistemática e eficiente de diminuição acentuada da densidade desta espécie no seu território”.

“Claramente considero que, em Oliveira do Hospital, há quem esteja disposto a ir um bocadinho mais longe e a defender os interesses últimos do concelho sem olhar para os votos e sem olhar para a política a curto prazo”, concluiu o socialista.

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