O Rio Cobral que atravessa a freguesia de Meruge, no concelho de Oliveira do Hospital foi alvo de novas descargas,…
… ao que se julga por parte de queijarias localizadas a montante da freguesia. Diante de mais um crime ambiental, a Junta de Freguesia voltou a denunciar o caso às autoridades.
A situação já não é nova e, Aníbal Correia, presidente da Junta de Freguesia de Meruge, considera que “é inadmissível quando se luta tanto para defender o ambiente” que “estas coisas continuem”. Para o autarca quem o faz “são pessoas que não têm civilização”, porque “quando chega a altura das chuvas, aproveitam para fazer as descargas” uma vez que “o rio leva mais caudal de água”.
O caso remonta à semana passada em que choveu, mas Aníbal Correia referiu à Rádio Boa Nova que a situação já vinha acontecendo há 15 dias “havendo dias em que abriam mais a torneira”.
O autarca refere-se a queijarias localizadas a montante da freguesia, no concelho de Seia. “Não digo que foi este ou aquele, mas alguém faz o serviço. Para isso nós denunciamos às autoridades. Compete às autoridades averiguar. São queijarias que estão localizadas no concelho de Seia”, denuncia o autarca.
Diante desta última situação, Aníbal Correia fez o que lhe competia, voltando a denunciar “junto da GNR, que chamou a equipa do ambiente para averiguar”.
No leito do rio, só se via “água leitosa, mal cheirosa e espuma”. “É um crime ambiental e é inadmissível o que fazem, não estamos contra as queijarias que criam postos de trabalho e riqueza, mas também têm que fazer investimentos. Não podem olhar só ao dinheiro e guardar o dinheiro. Têm que ter as coisas em condições para que isto não aconteça”, referiu
À Rádio Boa Nova, o autarca referiu que esta já “é uma reivindicação de há muitos anos”. “E vamos continuar. Sempre que houver nós vamos denunciar os casos”, assegurou.