A McDonald’s Portugal surpreendeu, hoje, o concelho de Oliveira do Hospital, com a oferta de 6200 árvores de fruto e 39 motocultivadores. Esta foi a resposta dada…
… pela conhecida cadeia de restaurantes, após o flagelo do ano passado.
Jorge Ferraz, diretor geral da McDonald’s Portugal deslocou-se, esta manhã, a Oliveira do Hospital, assim como boa parte dos 39 franquiados da conhecida empresa para fazer jus ao lema da empresa: “retribuir à comunidade, parte daquilo que ela nos dá”. Após o flagelo do ano passado, o responsável disse que a McDonald’s não poderia ficar indiferente. “Sentimos que o nosso dever era ajudar””, afirmou esta manhã, explicando que as 6200 árvores correspondem aos 6200 colaboradores da McDonald’s no país e os 39 motocultivadores são oferta de cada um dos 39 franquiados, de norte a sul do país. O objetivo é apoiar a “pequena economia e restaurar as rotinas”.
Grato pelo gesto, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital considerou que esta é uma “dádiva muito importante” no sentido de devolver a esperança às pessoas. Esperança que também surge com a recuperação das habitações, iniciada na semana passada, esperando o autarca que boa parte das reconstruções estejam concretizadas até ao Natal.
A contar com a presença do secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, o autarca oliveirense agradeceu “o esforço que o governo tem feito”, notando que “não havia nenhum governo que estivesse preparado para o que aconteceu. Destacou o apoio às empresas e as indemnizações às vítimas como processos que têm sido bem conduzidos, lamentando porém a “insuficiência” dos apoios na área da agricultura.
Oito meses após o grande incêndio, o autarca assegura que, pese embora a dimensão da tragédia, “ninguém passou fome ou dormiu debaixo da ponte”, num empenho da equipa que lidera e em articulação com as Juntas de Freguesia. “Hoje o McDonald’s deu-nos um grande exemplo de entreajuda e solidariedade”, frisou José Carlos Alexandrino.
José Artur Neves, secretário de Estado da Proteção Civil, testemunhou o gesto da empresa, verificando que o mesmo “diz bem da importância de manter os espaços rurais com vida, com trabalho e dedicação à terra”. Avisou para a necessidade de se alterar o “desordenamento florestal”, assim como “a pressão da monocultura do Eucalipto”. “Hoje precisamos de proteger as aldeias”, defendeu José Artur Neves para quem a palavra de ordem é a “prevenção”. Neste âmbito destacou o programa “Aldeias Seguras, Pessoas Seguras” implementado pelo governo para que as pessoas residentes em zonas de risco adotem comportamentos preventivos e saibam como se devem comportar em situação de incêndio. A limpeza dos terrenos junto às habitações é condição necessária.