O Presidente da República referiu, ontem, algumas das principais promessas feitas pela Aliança Democrática (AD) nas últimas eleições legislativas e advertiu o líder dessa coligação e novo primeiro-ministro, Luís Montenegro, que o tempo pode ser curto.
“O tempo disponível é muito longo em teoria, porque é de quatro anos. Na prática, para o que é muito urgente e para o que foi prometido em campanha, é muito curto”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa na parte final do seu curto discurso após ter dado posse a Luís Montenegro como primeiro-ministro.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta terça-feira que os portugueses “deram voto de fé na democracia” e que preferiram o “setor moderado”.
Marcelo Rebelo de Sousa admite que a tarefa do novo Governo não se afigura fácil, tendo em conta a “incerteza e insegurança internacionais”, apelando ao “cuidado” para que não se atinja “aquilo que não é problema”.
O Governo “conta com o apoio solidário e cooperante do Presidente da República”, embora “não conte com o apoio maioritário da Assembleia da República”. Tem de haver diálogo, “mais maturado e mais exigente”.
“A vitória eleitoral foi difícil, talvez das mais estreitas em eleições parlamentares. Imagino que também por isso a mais gratificante”, diz Marcelo para Luís Montenegro.
Os portugueses escolheram “mudar de hemisfério”, sem dar maioria absoluta a nenhum partido, escolhendo “dar a vitória, finalmente, ao setor moderado e não ao setor radical do outro hemisfério”.
Na cerimónia de tomada de posse, os membros do novo executivo foram chamados um a um, por ordem hierárquica, para prestar juramento e assinar o auto de posse, processo que durou cerca de 13 minutos.
Assistiram a esta cerimónia de posse o novo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, o primeiro-ministro cessante, António Costa, e ministros cessantes do anterior Governo, e a procuradora Geral da República, Lucília Gago.
- LUSA/ TSF