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Manutenção do FCOH é “um prémio justo”. Mário Brito sem condições para assegurar continuidade da equipa sénior

O presidente do Futebol Clube de Oliveira do Hospital (FCOH), Mário Brito, considerou no sábado, em entrevista à Rádio Boa Nova, que todos se devem sentir satisfeitos pela manutenção do clube na Liga3, atendendo às “dificuldades que fomos enfrentando durante toda a época”. Menos positiva é a expectativa relativamente ao futuro próximo do clube, com o seu dirigente a não ter condições para “assegurar que vai haver próxima época em termos de futebol sénior”.

A apontar a pandemia como “uma condicionante” para que o FCOH tivesse mais dificuldades, pelo menos na primeira fase do campeonato, Mário Brito recordou que o clube era o que apresentava o “orçamento mais baixo das equipas na Liga3”. A meio da época, o “treinador percebeu que era preciso torna a equipa mais competitiva” e foram feitos ajustes no plantel, em que os “jogadores que entraram foram uma mais valia para que a equipa terminasse com o sucesso que teve”, disse Mário Brito.

Na Rádio Boa Nova, o dirigente não deixou de apontar o dedo à falta de condições em Oliveira do Hospital para que o FCOH pudesse jogar na Liga3, obrigando a equipa a deslocar-se a Tábua. Acredita que o FCOH “vai ter outras condições”, e que possa ser “em breve”. Nesta segunda feira, Mário Brito vai reunir com a Câmara Municipal para “abordar o tema e fazer um balanço em relação à época passada”.

Já sobre a época que se avizinha, Mário Brito quis ser franco, adiantando que não pode “assegurar que vá haver próxima época em termos de futebol sénior”. Segundo o dirigente “as dificuldades têm sido enormes”. “As exigências são muito grandes e o clube, por si, não tem condições financeiras para poder suportar mais um ano na Liga 3, com os custos que são de facto exigidos e estão inerentes a toda a logística e preparação para um clube desta dimensão”

Depois de uma época com custos a rondar os 350 mil Euros, Mário Brito queixa-se da falta de apoios, notando porém que o apoio da Câmara Municipal é fundamental e que, se não fosse este apoio, o FCOH já tinha acabado. “Não posso deixar de manifestar alguma frustração. O FCOH é o clube que no distrito é dos mais representativos . Acho que merecemos uma maior sensibilidade por parte da indústria, comércio de Oliveira do Hospital e dos sócios”.

Sem treinador para o clube, Mário Brito confessa que a esta altura não está muito preocupado a pensar em treinadores, nem em jogadores, só o devendo fazer quanto tiver as condições financeiras asseguradas para manter o clube.

Veja aqui a entrevista na íntegra

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