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Mais de dois milhões de euros para valorização dos queijos da Região Centro

Quinze entidades vão desenvolver um projeto para a valorização de três queijos da Região Centro, num investimento superior a dois milhões de euros e que prevê a criação de uma escola de pastores e queijeiros.

“Foram criados, no âmbito deste projeto, um conjunto de incentivos para a valorização dos próprios pastores, com a criação da escola de pastores e a escola de queijeiros, para valorizar a arte e engenho associado à produção de queijo”, anunciou a presidente da Inovcluster, Cláudia Domingues Soares.

A dirigente desta organização falava esta quinta-feira, 20 de dezembro, na apresentação pública, em Mangualde, distrito de Viseu, do projeto de valorização da fileira do queijo da região Centro, que atinge três queijos de Denominação de Origem Protegida (DOP): Serra da Estrela, Beira Baixa e Rabaçal.

Na cerimónia, que contou com a presença do secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza, e da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR Centro), Ana Abrunhosa, e o presidente da Câmara de Mangualde, João Azevedo, a responsável disse também que vão ser criados bancos de terra.

Cláudia Domingues Soares, que lidera a organização que “tem o papel agregador e consertador dos 15 parceiros envolvidos”, entre comunidades intermunicipais, escolas superiores e associações do setor, disse ainda que o queijo “é valorizado, tem é um caminho a percorrer em torno do seu posicionamento”.

“Quer ao nível da rotulagem, da imagem, da comercialização, da internacionalização, ou seja, temos efetivamente muita qualidade. Não temos é muita quantidade, portanto carece trabalharmos todos juntos para conseguirmos posicionar este produto não só a nível nacional, mas também a nível internacional”, assumiu.

Dos quase 2,3 milhões de euros, 75% é financiado pelo programa Centro 2020, mas “só quando acabar a implementação deste projeto, dentro de dois anos, é que é possível medir resultados”, até porque, explicou, “um dos grandes impactos do projeto é o investimento privado que este projeto vai induzir, com este financiamento público”, que o secretário de Estado admitiu ser pequeno.

A presidente da CCDR Centro destacou que “é possível, respeitando a tradição e a identidade, incorporar conhecimento, inovação nas atividades tradicionais sem perder aquilo que é a identidade” do produto.

Ana Abrunhosa destacou ainda que o “programa é muito pragmático” e isso pode confirmar-se nos “resultados estimados que não são muito ambiciosos, são realistas, porque foram construídos com grande realismo, tendo em conta as dificuldades a encontrar no terreno” e, neste sentido, disse que esperava que fosse possível “duplicar estes resultados”.

“Sob a chancela dos queijos de Portugal pretende-se fazer a promoção conjunta, naturalmente respeitando a identidade de cada marca, a identidade do queijo Serra da Estrela que foi eleito uma das maravilhas da gastronomia portuguesa e, portanto, também queremos contagiar esta notoriedade para o queijo do Rabaçal e para o queijo da Beira Baixa”, desejou.

Fonte: Lusa

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