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Mais de 100 crianças regressaram hoje ao pré-escolar em Oliveira do Hospital

O retomar das atividades no ensino do pré-escolar marcou, hoje, o arranque da terceira fase de desconfinamento devido à Covid-19. Esta segunda-feira, também Dia Mundial da Criança, mais de 100 crianças regressaram aos Jardins de Infância no concelho de Oliveira do Hospital.

Foi nos braços do seu pai Luís Silva, que o pequeno Francisco chegou ao Centro Social de Travanca de Lagos. Medição da temperatura, troca de calçado e higienização das mãos é o procedimento feito na entrada da instituição, na entrega da criança. Para Luís Silva, trata-se de “uma adaptação” tanto para a criança, como para os técnicos da instituição e os próprios pais. “Melhores dias virão”, disse o pai que, desde logo, mostrou confiança neste estabelecimento de ensino.

Presente neste regresso e a garantir que todas as medidas de segurança estavam a ser tomadas, Nuno Santos, diretor da Instituição, mostrou-se confiante neste regresso. “Esperemos que tudo corra bem e que as medidas e regras que estamos a adotar sejam suficientes para nos proteger deste inimigo invisível”, começou por dizer, realçando que “é essencial para a freguesia que a creche, pré-escolar e escola se mantenham em funcionamento”.

 

De acordo com o responsável, as salas foram “reajustadas” e os pais apenas podem circular na entrada na parte exterior. Ao chegar, a criança deve trocar de calçado, desinfetar as mãos e é medida a temperatura. Em declarações à Rádio Boa Nova, Nuno Santos adiantou que, durante o dia, as auxiliares vão medindo a temperatura corporal e vão estando atentas a possíveis sintomas. “Se a criança apresentar algum sintoma é colocada na sala de isolamento, que está devidamente equipada”, afirmou. Consciente de que “não é um processo fácil”, garantiu que os 12 funcionários do estabelecimento foram testados à Covid-19 antes de exercerem as respetivas funções e participaram em diversas formações sobre o novo coronavírus.

Confiante também está Carlos Carvalheira, diretor do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, que considera o dia de hoje “o melhor dia para receber as crianças”.  Aos pais e encarregados de educação, o diretor deixou uma palavra de confiança e tranquilidade. Afirmou que esta reabertura dos jardins-de-infância “assenta no princípio da segurança”. “Deixem vir os vossos filhos porque as escolas estão preparadas para isso”, garantiu, dando conta de que, “desde o dia 13 de março”, as educadoras e auxiliares têm estado em contacto com as famílias e crianças, no sentido de não quebrarem os laços que anteriormente tinham de forma presencial”. Durante esta interrupção, “houve uma preparação muito detalhada na formação, no sentido de acautelar as questões de higienização e segurança”.

Neste primeiro dia de regresso ao pré-escolar, Carlos Carvalheira afirmou que mais de 100 crianças, de um universo de 217, retomaram as atividades, o que representa uma adesão de 50 por cento. “A nossa expectativa é que este número vá aumentando”, concluiu.

Com “saudades de realizar uma grande festa para as crianças do concelho” neste Dia Mundial da Criança, José Carlos Alexandrino, presidente do Município oliveirense, afirmou que “este é o primeiro passo para voltar à normalidade”. Na ocasião, o autarca garantiu que o gabinete da vereação da educação, na pessoa da vereadora Graça Silva, em conjunto com o gabinete Covid-19, reuniram-se para garantir “as condições necessárias para que fosse possível esta reabertura”.

À Rádio Boa Nova, José Carlos Alexandrino deu conta que os técnicos do gabinete criado para fazer face à Covid-19 “visitaram todas as salas que iam abrir”. Para além disso, a Câmara Municipal, em colaboração com a Delegada de Saúde Pública do concelho, promoveu “ações de formação para preparar educadoras e auxiliares”.

A constatar que o Centro Social de Travanca de Lagos apresentava hoje uma lotação de 50 por cento no pré-escolar e um terço na creche, situados no mesmo edifício, o presidente mostrou-se compreensível pela “angústia” e preocupação dois pais quando deixam as crianças nas instituições. “Há um sentimento de medo, o que é normal”, disse.

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