O Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM) vai estar presente na visita dos Ministros a Góis, quarta-feira, 2 de maio, a fim de reivindicar a falta de apoios agrícolas, florestais e habitacionais.
Em comunicado enviado à Rádio Boa Nova, a Associação refere que foram “muitos os que não submeteram as propostas por diversos motivos” e que ficaram “retidos” na primeira plataforma, sem qualquer culpa. Em causa está a aprovação da Assembleia para a reabertura das mesmas que, até ao momento, não aconteceu.
“Sem o adiantamento dos 30%, poucos serão os que têm capacidade financeira para executar os projetos, mesmo com verbas atribuídas, que não são efetivamente as dos valores reais de mercado”, lê-se no comunicado.
Para a MAAVIM, “nenhum jovem agricultor deve ser penalizado por efetuar um projeto dos incêndios e muito menos deve ser penalizado por um erro de conceção do Ministério da Agricultura, em considerar os concelhos de Tábua e Oliveira do Hospital como planícies”.
O grupo de apoio a lesados afirma que muitos são os programas lançados, porém “com datas impossíveis de concretizar qualquer projeto”.
“As habitações agrícolas ou de 2ª habitação continuam sem regulamentação e as próprias infraestruturas não foram até ao momento, na sua maioria, melhoradas após os Incêndios.
No caso das primeiras habitações, nenhuma foi ainda construída, e no caso de quem perdeu a sua habitação, existem ainda pessoas a viver em roulottes, garagens, casas emprestadas e de familiares, sem qualquer ajuda. Informamos que também muitos são os casos de rejeição à construção das habitações e outros os que não foram aceites como primeira habitação”, diz a Associação, referindo que “os Srs. Ministros já receberam provas desses casos por diversas vezes”.
“É necessária a agilização de processos para que tudo seja revisto, principalmente os Planos Diretores Municipais”, afirma a MAAVIM.