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Luís Lagos quer “dar voz” às vítimas do incêndio e nega aproveitamento político

Luís Lagos, porta voz da Associação de Apoio às Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal afirmou, hoje, na Rádio Boa Nova que…

… diante da tragédia resultante dos incêndios de 15 de outubro, se impunha a criação de uma associação que dê “voz”  e não deixe esquecidas as populações afetadas pelo fogo.

A pedir “respeito” pelas 45 vítimas mortais do fogo – só no concelho de Oliveira do Hospital, de onde é natural, morreram 12 pessoas – Luís Lagos assegura que enquanto porta voz da associação não se irá calar. O objetivo é o de conseguir os apoios que “são justos” para todos quantos perderam os seus bens por ocasião do trágico incêndio.

Também vítima do incêndio, depois de a empresa de construção a que está familiarmente ligado ter sido fortemente atingida pelo fogo, Luís Lagos não deixa de particularizar o concelho de Oliveira do Hospital que se encontra em situação de “emergência municipal”. Reunir com o presidente da República a quem já solicitou uma audiência é uma das primeiras iniciativas da Associação, que está ao lado das populações, mas também dos empresários e dos agricultores. Não se conforma, por isso, com comparticipações de 85 por cento para as empresas e de apenas 50 por cento para os agricultores.

Diante de uma tragédia incomparável à de Pedrogão, no que à devastação de território diz respeito, Luís Lagos recusa-se a aceitar que o governo ative a portaria 254/2017, que “condena” as empresas que a esta altura estejam impossibilitadas de prosseguir a atividade, e que deita por terra o que resultou do Conselho de Ministros Extraordinário e que passava por o governo assegurar salários de pelo menos três meses.

Situações que Luís Lagos, através da Associação que reúne vítimas de toda a região afetada, espera ver acautelados. Não esperava o conhecido oliveirense que, quer o próprio, quer os demais envolvidos na Associação fossem objeto de contestação e acusados de aproveitamento político. Na Rádio Boa Nova, Lagos lembra que na hora em que assumiu liderar a Associação decidiu entregar o cartão de militante do CDS-PP e deixar de liderar cargos políticos como é o caso da Distrital do partido. Ontem, e na sequência de publicações nas redes sociais, o dirigente viu-se forçado a um esclarecimento para assegurar que não será candidato à Câmara, nem a deputado nas próximas eleições.

Neste processo, Luís Lagos tem a registar a “grande dimensão” do presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, com quem já reuniu. O dirigente esclarece que a Associação não pretende questionar a liderança no concelho, que cabe ao autarca, nem nos restantes concelhos da região.

(Audio indisponível temporariamente)

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