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Lesados pelos incêndios exigem recuperação das habitações

Vários lesados pelos incêndios de outubro do ano passado exigiram hoje, em Coimbra, a resolução dos seus problemas de habitação e outros decorrentes da tragédia.

João Dinis, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), referiu que “é indispensável reconstruir as habitações permanentes e não permanentes”, frisando que “muitas famílias não têm capacidade financeira” para recuperar as casas destruídas pelo fogo, nos dias 15 e 16 de outubro.

O dirigente da CNA, uma das organizações que promoveram a concentração, junto à sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), criticou o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, por ter afirmado que 1 000 casas destruídas pelos fogos de 2017 já foram reabilitadas.

“Há centenas de habitações que não estão ainda a ser reconstruídas”, referiu, para lamentar também que “muito poucas” casas já tenham sido entregues aos seus donos.

Relativamente às residências secundárias, o Governo e os presidentes das câmaras municipais “deixaram de falar do assunto, para ver se a gente se esquece” do problema, afirmou.

Segundo João Dinis, na maioria dos casos, a habitação não permanente “é a única que pertence” aos proprietários.

Nuno Pereira, porta-voz do Movimento Associativo de Apoio às Vitimas dos Incêndios de Midões, no concelho de Tábua, alertou para os problemas de alojamento que afetam “muitos dos lesados”.

Uma delegação dos manifestantes entregou a um funcionário da CCDRC um caderno reivindicativo, dirigido ao primeiro-ministro e ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas.

O protesto foi uma organização conjunta da CNA, MAAVIM e Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra (ADACO).

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