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Legislativas: “Não valorizar o todo o território é desperdiçar recursos”, defende o PSD

Ontem, dia 18, a campanha do PSD no distrito de Coimbra teve como mote as Assimetrias Regionais e decorreu entre Góis e a Pampilhosa da Serra.

Em comunicado enviado à Rádio Boa Nova, o PSD refere que “Portugal é um dos países da União Europeia com perfil mais centralizado e centralizador. É um país que dá menos oportunidades aos que não nascem ou trabalham nos grandes centros urbanos. Se nada for feito, arriscamo-nos a ter um país em que 90% da população vive em 30% do nosso território”.

“Para o PSD, é urgente travar esta dinâmica de concentração e de esvaziamento de grande parte do país, que acentua o envelhecimento de concelhos como os que hoje a caravana do PSD visitou. Só num país com um território mais equilibrado se pode garantir a coesão nacional, porque é tão Portugal a Pampilhosa da Serra como Alcoutim ou Lisboa! Precisamos urgentemente de criar melhores oportunidades para os portugueses, em particular os mais jovens, escolherem o interior para viver. Para isso é preciso medidas de discriminação positiva para atrair investimento, empresas e postos de trabalho”, referem os candidatos.

Entende o PSD que “o Estado tem uma influência direta na ocupação do território, uma vez que pode decidir sobre a localização dos seus serviços e sobre a bonificação dos funcionários que escolham viver em locais menos centrais”. O PSD “sempre defendeu e continua a defender a desconcentração e a descentralização de serviços públicos mas o Governo atual tem feito demasiado pouco, apesar dos discursos bonitos e das constantes promessas: por exemplo, quando a oportunidade apareceu para levar o Tribunal Constitucional para fora de Lisboa, sob proposta do PSD, o PS opôs-se e impediu que isso acontecesse – ficou à vista que o que o PS faz é bem diferente do que apregoa”.

Em Góis, a caravana dos Candidatos do PSD deslocou-se à feira semanal e visitou algumas unidades industriais relevantes na economia local. “Em todas estas empresas, ficou claro que o país tem de mudar de rumo – as dificuldades em fazer singrar organizações produtivas em territórios de acentuada interioridade são crescentes e as empresas precisam de voltar a ter esperança”, adianta.

No concelho da Pampilhosa da Serra, os candidatos deslocaram-se à aldeia de xisto do Fajão para contacto com a população e, de seguida, visitaram o Observatório Espacial em Porto da Balsa. “O Observatório é um bom exemplo de como uma atividade de alta tecnologia, com quadros altamente especializados, pode descobrir, neste território, recursos produtivos que pareciam não ter valor económico: é a escuridão do céu noturno da Pampilhosa da Serra que tornou esta localização possível, a par da segurança de haver redes de comunicação de qualidade. Quantos mais recursos escondidos em territórios como este pode uma boa política de desenvolvimento local descobrir? Portugal não tem de desistir de nenhum dos seus territórios nem deve desistir de nenhum dos seus recursos”, conclui o PSD em comunicado.

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