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Laço Azul “alerta consciências” para maus-tratos infantis

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Esta manhã, dezenas de crianças uniram-se no Largo Ribeiro do Amaral para formar o habitual Laço Azul humano. Em causa está o culminar da iniciativa “Abril – Mês da Prevenção dos Maus- Tratos na Infância”.

“Serei o que me deres, que seja amor” é o lema da campanha nacional à qual a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Oliveira do Hospital se associou, como tem acontecido nos últimos anos.

Em declarações à Rádio Boa Nova, Nuno Ribeiro, vereador da Câmara Municipal e presidente da CPCJ, adiantou que “durante o mês de abril foram realizadas várias iniciativas também com a colaboração das entidades parceiras, onde os estabelecimentos escolares são prioritários”. “As escolas vão trabalhando o tema com os alunos, principalmente com as crianças do pré-escolar e 1º ciclo”, explicou, defendendo que “o pretendido é, através dos mais novos, contribuir para sensibilizar os adultos e a comunidade em geral para esta questão dos maus-tratos na infância”.

Para o presidente da CPCJ é fundamental “criar uma rede de parcerias que contribuam com a CPCJ para a divulgação e promoção dos direitos das crianças”.

Para José Francisco Rolo, presidente do Município de Oliveira do Hospital, a criação do Laço Azul e todas as iniciativas que lhe estão associadas “é uma forma de o tema chegar ao espaço público”. Numa parceria entre a CPCJ, o Município, o Agrupamento de Escolas, a Eptoliva e as IPSS, o projeto pretende “interpelar consciências”.

“O Laço Azul é um desafio para pensarmos se estamos realmente a proteger, a cuidar das crianças e a garantir os seus direitos, o direito à felicidade, à educação, a viver e a crescer em harmonia, afirmou o autarca.

José Francisco Rolo realça que “a CPCJ não é nenhum bicho papão”, mas sim “uma estrutura mediadora entre famílias, crianças, escolas e, no limite, o tribunal”. Que serve essencialmente para “resolver problemas e encontrar soluções”. “É importante trazer estas iniciativas para o espaço público. Estas crianças representam o futuro do país. É preciso fazê-las crescer em harmonia e dar-lhes carinho”, rematou.

CPCJ acompanha 70 casos

Atualmente, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens acompanha cerca de 70 casos no concelho de Oliveira do Hospital. “Número considerável” como sublinha Nuno Ribeiro. Para o presidente da Comissão é assinalável o trabalho da equipa que preza o “sigilo” e que acompanha os casos que lhes chega, muitas vezes através da GNR e das escolas, sendo que nos últimos tempos “a sinalização tem sido feita pela comunidade em geral, como vizinhos e pessoas anónimas”.

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