A jovem realizadora Joana Alves, natural de Arganil, foi distinguida com o Prémio Onofre de Melhor Curta-Metragem na 31.ª edição do Festival Ibérico de Cinema de Badajoz, em Espanha, com o filme “Porta-te bem”.
O presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, congratula-se com este reconhecimento internacional, considerando que “é um motivo de grande orgulho para Arganil, que celebra a sua identidade cultural com este reconhecimento além-fronteiras”.
Joana Alves, que fez o seu percurso académico até ao secundário em Arganil, “é um exemplo do talento que nasce e se desenvolve no concelho, mostrando que é possível levar longe as nossas raízes através da arte e da cultura”, refere o presidente da Câmara. “A vivência da realizadora numa realidade rural como a de Arganil terá contribuído decisivamente para a sensibilidade e autenticidade com que retrata a vida numa aldeia do interior”, destaca Luís Paulo Costa.
Gravada na aldeia do Rochel, na freguesia de Arganil, “Porta-te bem” conta a história de Filomena, uma mulher que vive sozinha numa aldeia do interior de Portugal e que acaba de descobrir que tem pouco tempo de vida. Para além do prémio principal, a curta-metragem foi ainda distinguida com o prémio de Melhor Música Original, composta por Miguel Vilhena.
Este galardão, que inclui um prémio monetário de 3.000 euros, garante ainda ao filme a candidatura direta aos prestigiados Prémios Goya e Feroz.
Licenciada em Cinema pela Universidade da Beira Interior, Joana Alves completou uma pós-graduação em Realização e realizou um estágio em Londres. A sua obra destaca-se pela sensibilidade narrativa e pela abordagem intimista de temas sociais e familiares, marcada pela vivência e pelo profundo conhecimento da realidade rural de Arganil, onde cresceu e formou o seu olhar artístico.
Em 2016, foi nomeada para os Prémios da Academia Portuguesa de Cinema na categoria de Estudante com o filme “Perfect Crime”. Desde 2017, tem colaborado como assistente de realização na produtora beActive, destacando-se em projetos como o longa-metragem “Gabriel” (nomeado para os Prémios Sophia 2019) e a série “A Família Ventura” (nomeada para os Prémios Sophia 2018).
O Festival Ibérico de Cinema, que terminou no dia 11 de julho, recebeu mais de 1.200 candidaturas, tendo selecionado cinco curtas-metragens portuguesas entre as 21 finalistas.