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José Carlos Alexandrino intervém em plenário e pede mais saúde e melhores estradas para Oliveira do Hospital

Numa declaração política feita esta quarta-feira, José Carlos Alexandrino, deputado independente eleito nas listas do PS, defendeu a regionalização e aproveitou a intervenção para pedir melhores ligações rodoviárias e serviços de saúde para Oliveira do Hospital.

Nesta intervenção em plenário, o ex-presidente do município oliveirense considerou que desde novembro de 2015 os governos de António Costa têm feito diferença em relação ao interior. Apesar disso, o deputado não deixou de fazer reivindicações, em particular nas áreas da mobilidade e transportes, bem como da saúde.

Na declaração, o antigo autarca elogiou a criação do Ministério da Coesão com a ministra Ana Abrunhosa, os “investimentos apoiados na ordem dos 7,5 mil milhões de euros” em territórios do interior, políticas que diz que já levaram “à criação de 32.500 postos de trabalho diretos” e os programas para a fixação de pessoas em territórios de baixa densidade.

José Carlos Alexandrino procurou também destacar projetos de produção de energias renováveis, de novos laboratórios colaborativos, a aposta no Ensino Superior em zonas do interior, o programa de áreas integradas de gestão de pesagens protegidas e projetos de mobilidade como o metro do Mondego.

Quando abordou a questão da mobilidade, lamentou a seguir que Oliveira do Hospital ainda não seja bem servida no plano rodoviário, reivindicado a conclusão de IC6 e IC7 para a melhoria da competitividade das empresas da sua área.

Alexandrino concorda com o Livre na regionalização

No período de debate, ouviu o deputado do Livre, Rui Tavares, lamentar que o PS “esteja a perder um tempo precioso ao não concretizar a regionalização, que seria a verdadeira reforma do interior”. José Carlos Alexandrino respondeu para concordar com o parlamentar de esquerda: “Se a regionalização estivesse feita, teríamos um muito melhor interior” do país, considerou, antes de também criticar o acesso à saúde em muitas zonas do interior do território nacional.

Por diferentes razões, a oposição criticou a intervenção do deputado socialista. João Paulo Barbosa, de Melo, deputado do PSD, acusou os governos socialistas de deixarem projetos na gaveta, de fazerem muitos anúncios, mas pouco concretizarem. “Tantos anos de governação socialista não foram bons para as regiões do interior”, concluiu o deputado social-democrata.

No mesmo sentido foi a declaração do ex-presidente da Iniciativa Liberal João Cotrim de Figueiredo, que se dirigiu ao deputado do PS com as seguintes palavras: “As suas palavras e o seu entusiasmo não apagam os factos”. “Ferrovia praticamente não existe no interior, as obras na linha da Beira Alta nunca mais acabam, as assimetrias face ao litoral aumentam”, observou.

O líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, afirmou que o interior do país “está cada vez mais abandonado, mais desertificado”, enquanto a presidente da bancada do PCP, Paula Santos, advertiu que “não é com proclamações que se resolvem os problemas” dos territórios de baixa densidade, “nem com a criação de um Ministério da Coesão”. “O Governo do PS diz sempre que vai fazer, mas depois tem sempre um mas”, acrescentou.

Atualizada às 12h55, de dia 13 de outubro: Por lapso, ao reproduzir informação constante numa nota da Agência Lusa, indicámos erradamente que esta tinha sido a primeira intervenção de José Carlos Alexandrino em plenário, o que não é verdade. Pedimos desculpa por este erro.
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