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João Dinis denuncia “invasão” da Sonae na localidade de S. Paio de Gramaços

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João Dinis, conhecido vilafranquense, denunciou ao governo e vários grupos parlamentares, presidência da República, Câmara Municipal e …

… Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital o que considera ser uma “invasão” por parte da unidade da Sonae Arauco, em S. Paio de Gramaços.

Em declarações à Rádio Boa Nova, João Dinis referiu que tal invasão tem posto em causa o “descanso e qualidade de vidas das pessoas”, que “não podem secar a roupa ao sol, nem deixar as janelas abertas”. “De facto há pós, que além de se depositarem, são poeiras que as pessoas respiram”, frisou

De Vila Franca da Beira, João Dinis diz estar a par das queixas da população, em particular “das pessoas que residem à volta da fábrica”. “A vedação da fábrica quase já anexou o próprio Santuário de Nossa Senhora dos Milagres. E continuam a fazer isto com toda a impunidade. O grupo pode e manda”, sublinhou ainda.

João Dinis fez por isso “uma exposição escrita com cinco fotografias” às entidades responsáveis “porque se houver problemas sérios, que não se diga que ninguém foi avisado”. “Depois do incêndio, foram construir uma nova unidade no sítio do anterior estaleiro, com uma manga a passar por cima da estrada”, conta também João Dinis que está igualmente preocupado com a localização do parque de rolaria (junto ao Santuário) recordando que, no incêndio do ano passado, a rolaria provocou “chamas bravas”.

 
João Dinis questiona ainda o destino dados aos efluentes da empresa, que acredita estarem a correr como “um rio” para a ETAR da cidade. “E quanto paga a Sonae?” questiona, notando que “se calhar “ o próprio paga mais de saneamento básico “do que paga a Sonae Arauco”. “Há uma manifesta submissão dos poderes políticos autárquicos e nacionais ao poder económico deste grupo”, concluiu.

Empresa refuta “qualquer falha no cumprimento rigoroso e sem exceção de todas as normas de ambiente e segurança”

Contactado pela Rádio Boa Nova, Luís Pacheco, diretor da fábrica da Sonae Arauco em S. Paio de Gramaços, disse  que a “fábrica de Oliveira do Hospital é uma unidade certificada e que cumpre todos os normativos em vigor, nomeadamente na área ambiental e de segurança.” A unidade é ainda “alvo de análises e avaliações periódicas, reportadas às autoridades competentes, que comprovam as suas boas práticas e o cumprimento rigoroso de todos os parâmetros”.

Consciente do impacto que a unidade representa para a envolvente, o responsável garante que a empresa procura “em permanência minimizar as mesmas”. A exemplo disso, Luís Pacheco adiantou ter reunido há cerca de três semanas com moradores de S. Paio de Gramaços e o presidente da União de Freguesias de Oliveira do Hospital e S. Paio de Gramaços no sentido de demonstrar a preocupação da empresa e que a mesma continua a implementar melhorias para diminuir os seus impactos junto da população. “Convidámos a comissão a visitar novamente as instalações daqui a duas semanas para testemunharem a evolução das melhorias que estão em curso”, contou.

À Rádio Boa Nova, Luís Pacheco disse ainda que o parque de rolaria, localizado próximo do Parque de Nossa Senhora do Milagres não constitui perigo para os moradores em caso de incêndio, porque para além dos sistemas de dispersão de água, a empresa adquiriu “dois canhões de água com caudal capaz de cobrir toda a área de rolaria”. “Somos cautelosos e estamos sensíveis aos eventos extremos”, referiu.

A concluir, Luís Pacheco confirmou que as águas residuais “são pré-tratadas e enviadas para coletor municipal, de acordo com protocolo estabelecido com a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital,  sendo também enviadas mensalmente à autarquia os resultados das análises efetuadas, cumprindo os parâmetros acordados”

Neste sentido, “a empresa refuta qualquer falha no cumprimento rigoroso e sem exceção de todas as normas de ambiente e segurança”.

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