As vítimas dos incêndios não vão receber as indemnizações a que têm direito até ao Natal. Segundo notícia avança pela Rádio Renascença, …
… a Provedoria de Justiça tem tudo a postos e garante rapidez, mas não avança sem que os pedidos sejam feitos, o que até agora não aconteceu.
Para esta quarta-feira, está marcada uma conferência de imprensa da Provedora de Justiça, com o objetivo de sensibilizar os familiares das vítimas dos incêndios do último Verão para apresentarem os seus pedidos de indemnização e não esgotarem o prazo que a lei lhes dá até 15 de fevereiro.
Segundo a Renascença, a Provedoria quer celeridade no processo, contudo, não estará na disposição de adiantar o pagamento do valor mínimo de 70 mil euros até ao Natal, como sugeriu o Presidente da República, sem analisar cada pedido e toda a sua fundamentação documental.
Em reação, Luís Lagos, que preside à Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal, entende que este “não é o melhor método”, considerando que o valor mínimo estabelecido deveria ser pago de imediato.
As situações mais graves de incêndios em Portugal este ano ocorreram em Junho, em Pedrógão Grande – quando um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos -, e a 15 de outubro passado, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, que provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Os incêndios florestais consumiram este ano mais de 442 mil hectares, o pior ano de sempre em Portugal, segundo os dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. O último relatório, que analisa os dados entre 1 de Janeiro e 31 de Outubro, indica que arderam em Portugal 442.418 hectares de espaços florestais, metade dos quais no mês de Outubro (223.901 hectares).