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Incêndios: Ministro do Planeamento e das Infraestruturas afirma que maioria das casas destruídas já foram reconstruídas

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, fala aos deputados da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas , durante a audição sobre a TAP (requerimento do PCP), sobre a estratégia do Governo para a gestão dos pórticos rodoviários (requerimento PSD/CDS-PP) e sobre a fusão da REFER, EPE, e da Estradas de Portugal, SA, na Infraestruturas de Portugal, SA (requerimento do BE) , na Assembleia da República, Lisboa, 20 de janeiro de 2016. ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, garantiu esta quarta-feira (2 de janeiro) em Vouzela que grande parte das casas destruídas nos incêndios de outubro de 2017 estão reconstruídas e que as restantes, na ordem de “algumas centenas”, ficam concluídas até à Páscoa.

O governante passou esta manhã pela região, onde entregou as chaves de 21 habitações reconstruídas no âmbito do Programa de Apoio à Reconstrução de Habitação Permanente em Vouzela e Tondela.

Aos jornalistas, Pedro Marques disse que a entrega das chaves representa “mais um passo importante” para o processo de reconstrução das casas afetadas pelos fogos.

“Por um lado, nós temos a sensação de dever cumprido por cada vez que uma casa é concluída e entregue às famílias, mas por outro lado há sempre aquela inquietação de quem quer ver todo este trabalho concluído”, afirmou esperando que todas as casas fiquem entregues na altura da Páscoa caso não haja dificuldades no processo.

Em Vouzela, Pedro Marques entregou seis habitações e visitou outras duas que ainda estão a ser alvo de trabalhos de requalificação na freguesia de Cambra. O presidente da Câmara, Rui Ladeira, disse ao ministro que ainda há muito para fazer na região.

O autarca denunciou que grande parte da madeira destruída ainda não está cortada e retirada das florestas e que os eucaliptos e as acácias estão a invadir o espaço florestal e agrícola abandonado ou ocupado com pinheiro bravo.

“A recuperação das manchas de proteção e segurança às aldeias, vias rodoviárias e áreas sensíveis de proteção hidográfica não está assegurada. Só em infraestruturas públicas em Vouzela, aponta-se para um prejuízo superior a 4,8 milhões de euros e, após um ano, ainda não tivemos um cêntimo de apoio”, lamentou.

Rui Ladeira defendeu ainda a implantação de medidas urgentes de modo a evitar mais incêndios trágicos que, alertou, poderão voltar a acontecer na região “no prazo de uma década”.

O autarca considerou que a tutela devia reforçar os apoios diretos e indiretos atribuídos pelo Orçamento de Estado e criar programas específicos dos fundos de coesão territorial, assim como definir “um ordenamento territorial simplificado e prático que seja adequado ao potencial dos territórios, das perspetivas do mercado e do modelo que melhor defenda a segurança das populações”.

Rui Ladeira também reitera a sua defesa pela redução significativa ou abolição das portagens nas autoestradas da região, como a A25, que serve Vouzela, “para atrair famílias e aumentar a competitividade das empresas aqui instaladas ou que se venham a instalar”, e pela descentralização de serviços públicos instalados a nível central, regional e até distrital nos concelhos afetados pelos fogos de há mais de um ano.

Fonte: Jornal do Centro

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