Mais de 60 concelhos dos distritos de Bragança, Braga, Vila Real, Guarda, Viseu, Coimbra, Santarém, Castelo Branco, Portalegre e Faro apresentam hoje perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O IPMA colocou também vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental em perigo muito elevado e elevado de incêndio rural, no dia em que mantêm Bragança e Guarda sob aviso laranja e Vila Real, Viseu, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja, com aviso amarelo devido ao calor.
Segundo o Instituto, o perigo de incêndio rural vai manter-se elevado em algumas regiões do continente pelo menos até terça-feira.
O perigo de incêndio, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo e os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
Às 07:00 de hoje, mais de 700 operacionais combatiam 21 incêndios – entre fogos em curso, resolução e conclusão – em Portugal continental, com o auxílio de 216 veículos.
Em Oliveira do Hospital, hoje as temperaturas variam entre os 14 e os 33 graus.
Perigo “muito elevado a máximo” na maioria do país
O perigo de incêndio rural para as próximas 48 horas é de “nível muito elevado a máximo em grande parte do território”, alertou ontem a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) num aviso à população.
De acordo com a nota enviada às redações, a Proteção Civil sustenta o aviso nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para os próximos dois dias, para os quais se espera tempo seco e humidade relativa baixa e intensificação do vento no dia 24 (domingo), traduzindo-se na “manutenção da dificuldade das ações de supressão aos incêndios rurais determinada pelas condições meteorológicas e pelo estado de secura da vegetação”.
Nesse sentido, o organismo relembrou a proibição de queimadas, de queimas de amontoados sem autorização ou comunicação prévia, do uso de maquinaria, da utilização de fogo para a confeção de alimentos no espaço rural (exceto quando ocorra fora de zonas críticas e em locais devidamente autorizados) e do lançamento de balões de mecha acesa e foguetes, sendo o uso de fogo de artifício apenas permitido com autorização da autarquia.
“A ANEPC recomenda a adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio rural, nomeadamente com a adoção das necessárias medidas de prevenção e precaução, de acordo com a legislação em vigor, e tendo especial atenção à evolução do perigo de incêndio neste período”, conclui a mensagem da Proteção Civil.