Um festival de música eletrónica vai decorrer em São Gião, Oliveira do Hospital, de 21 a 24 de junho, e inclui trabalhos de reflorestação e ajuda financeira à reconstrução de habitações destruídas pelos incêndios de outubro de 2017.
Esta primeira edição do Orbits conta com a participação de cerca de 30 Dj, como Gusta-vo & Tiago Fragateiro, Ruuar, Nørbak & Sepypes, Vil & Temudo, The Lions e Dasil.
Durante quatro dias, o Parque de Campismo de São Gião, junto ao rio Alva, acolherá ainda A Sacred Geometry, Amulador, Aurora Halal, Blind Observatory, Burnt Friedman, Chris SSG, Dj Deep, Efdemin & Marco Shuttle, Evigt Mörker, Fjäder, Hiver, Hydrangea, Jane Fitz, Jacopo, Peter Van Hoesen, re:ni, Retina.it, Sebastian Mulaert, Shackleton, Yagya, Yassine e Wata Igarashi.
“Mais do que um festival, Orbits pretende ser um espaço de encontro, uma experiência mobilizadora e universal para exploradores dos tempos modernos”, informa a organização.
Com uma programação musical “direcionada para o ‘techno’ e suas diversas vertentes, o evento abrangerá ainda a eletrónica ambiental e experimental, artes visuais, instalações, performances, cenografia e outras áreas artísticas, numa experiência integrada entre público, comunidade local e natureza”.
“Num cenário idílico, onde pontificam as árvores de grande porte e uma praia fluvial, iremos dispor de uma área musical, uma área de campismo com respetivas infraestruturas, parque de automóveis e caravanas e uma área de restauração variada que inclui alimentação biológica e produtos locais”, segundo uma nota dos promotores.
A preocupação ecológica “assume-se como pilar deste encontro, pelo que tentaremos deixar a menor pegada possível”, esclarecem.
Na sequência da “tragédia dos incêndios que fustigou toda a área florestal do concelho” de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, serão “desenvolvidas ações que apoiem a reflorestação da zona envolvente ao parque de campismo de São Gião”, com a ajuda dos participantes, acrescentam.
O festival Orbits “é uma proposta de caminhos artísticos e trajetórias, ligando ambientes terrestres e cósmicos”. “Embora distantes no tempo e no espaço, a floresta e o espaço exterior simbolizam, em diferentes épocas, uma fronteira final além da experiência humana comum.
O parque de campismo de São Gião “sobreviveu à hecatombe” dos fogos, há meio ano, sendo agora “um ponto verde de esperança” no vale do rio Alva.
“Graças ao esforço, trabalho, doações e solidariedade da comunidade, a região começa lentamente a erguer-se das cinzas”, realça a organização, que quer dar também a sua “humilde contribuição” à reconstrução da zona envolvente.
lusa.pt