O presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) disse esta segunda-feira que não há, até agora, “nenhum caso de suicídio com ligação” direta à zona afetada pelo incêndio que começou em Pedrógão Grande.
“Não há, até hoje, nenhum caso de suicídio com ligação a essa zona”, disse à agência Lusa o presidente da ARSC, José Tereso, reagindo às declarações do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que criticou a atuação do Estado no combate ao incêndio que provocou a morte a 64 pessoas. Passos Coelho adiantou ter tido conhecimento de que um suicídio ocorreu por falta de apoio psicológico. Neste momento, “não confirmo nenhum caso de suicídio” com ligação direta à zona afetada, reforçou José Tereso.
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse hoje que o Estado falhou no apoio psicológico às vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, adiantando ter tido conhecimento de que um suicídio ocorreu por falta desse apoio. “Tenho conhecimento de vítimas indiretas deste processo, de pessoas que puseram termo à vida, em desespero”, sinal de que “não receberam a tempo o apoio psicológico que lhes devia ter sido prestado”, declarou o líder dos sociais-democratas aos jornalistas, após uma visita ao quartel dos bombeiros de Castanheira de Pera, distrito de Leiria.
Atualização
A propósito das declarações do líder do PSD, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Grande confessou, entretanto, ter induzido Passos Coelho em erro. “Fui eu que dei ao dr. Passos Coelho uma informação errada em Vila Facaia e que, inadvertidamente, induzi em erro” o líder do PSD. “A culpa foi minha”, explicou João Marques, acrescentando que lamenta ter dado a informação incorreta.