O Hospital da Fundação Aurélio Amaro Diniz, em Oliveira do Hospital já recebeu os três ventiladores que tinham sido encomendados em parceria com o Município de Oliveira do Hospital.
“São ventiladores inovadores que só precisam de uma garrafa de oxigénio para funcionar”, explicou Álvaro Herdade à Rádio Boa Nova.
“Recebemos, mercê do contributo da Câmara Municipal, os três ventiladores tal como estavam encomendados e, esta tarde, já se realizou a formação à equipa de saúde, com alguns enfermeiros e médicos para podermos operar com eles. São equipamentos novos e temos que estar capacitados”, informou ontem o presidente do Conselho de Administração (DA) da Fundação Aurélio Amaro Diniz, em direto via Skype, no noticiário das 18h00.
Adiantou o responsável que dos 20 monitores também encomendados faltam chegar cinco.
À Rádio Boa Nova, Álvaro Herdade referiu que “os equipamentos estão a chegar a bom ritmo”. “Fomos dos primeiros mercê da nossa atuação em conjunto com a Câmara Municipal. Este material não veio da China. São ventiladores canadianos montados na Alemanha, que nos vem facilitar. Se vamos comprar onde todos compram, depois há dificuldade no transporte que é o que tem acontecido. Isso foi muito bom porque não houve atraso nas encomendas”, referiu.
Sobre os ventiladores já chegados ao hospital oliveirense, o presidente do CA da FAAD verifica que “soubemos escolher”. “É um tipo de ventilador que não gasta eletricidade, nem baterias. Não é movido a pilhas. É um ventilador dinâmico. Tem que ser ligado a uma botija de oxigénio e é a pressão da botija de oxigénio que o faz trabalhar. É outra das coisas muito importante. Não há só Covid-19. Há outras doenças, há o futuro. Mesmo numa situação de falta de energia, estes ventiladores conseguem trabalhar na mesma. Podemos transportar um doente para Coimbra, basta termos uma botija de oxigénio. É muito importante esta nova técnica. Soubemos que o próprio hospital dos Covões se está a equipar com estes ventiladores. São a nova técnica dos ventiladores. São ventiladores inovadores que só precisam de uma garrafa de oxigénio”, explicou.
Com a chegada dos novos ventiladores, o Hospital fica com um total de oito ventiladores. Os novos ventiladores, tratando-se de equipamentos móveis ficarão “um em cada piso juntamente com os carros de emergência”.
“Os monitores eram também uma lacuna que nós tínhamos. Usávamos os desfibrilhadores como monitores. Agora ficamos com o hospital totalmente equipado para o que venha a acontecer”, referiu.
À Rádio Boa Nova, Álvaro Herdade explicou que o hospital oliveirense não está preparado par internamentos Covid,” mas se for necessário”, o hospital saberá responder. “Já temos tido doentes contaminados com bactérias multirresistentes e que exigem de nós os mesmos tratamentos que um doente Covid. Não é a primeira vez que temos doentes destes. Temos quartos individuais para estes doentes, se for necessário temos que nos adaptar”, observou.
Sobre o número de casos COVID-19 no concelho (seis, três dos quais estão internados e foram contaminados em unidade hospitalar), o conhecido clínico considerou que “ estamos muito bem”. “De todos os utentes infetados nenhum teve origem em Oliveira do Hospital. Isso dá-nos uma certa tranquilidade. Temos sabido trabalhar a situação e tomar as precauções necessárias. Até agora não temos nenhuma linha de transmissão em Oliveira do Hospital”, frisou.
“Manter-se em casa, evitar as festas, os contactos e as deslocações necessárias. O vírus não anda. As pessoas é que o transportam de um lado para o outro”, são recomendações do presidente do CA da FAAD, que também considera o uso de máscara “muito importante”. “Já não sou tão apologista do uso de luvas. Vêem-se muitos atropelos. Deve haver é uma higiene constante das mãos”, concluiu.