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Hóquei Patins do FCOH acolhe criança refugiada da Ucrânia para integrar treinos

A Secção de Hóquei em Patins do Futebol Clube de Oliveira do Hospital (FCOH) vai receber, amanhã, um menino de oito anos, refugiado da Ucrânia, na sequência da tensão que se vive no país.

Forçada a abandonar o país em busca de paz, a família do pequeno Anatoly Svistun seguiu viagem até à Figueira da Foz, onde foi acolhida por amigos de longa data.

Em Portugal desde o passado dia 28 de fevereiro, Anatoly deixou para trás o que mais lhe trazia felicidade: o hóquei no gelo. Apesar de terem passados poucos dias desde a sua chegada, o menino recebeu a boa notícia de que poderia continuar a praticar desporto numa modalidade “com semelhanças” àquela que praticava.

Em declarações à Rádio Boa Nova, Jorge Gouveia, diretor da Secção de Hóquei em Patins do FCOH, afirmou que o acolhimento de uma criança refugiada “é um momento muito gratificante”. “Como somos tão hospitaleiros, acabou por surgir este contacto”, começou por explicar.

Segundo Jorge Gouveia, o contacto surgiu através do responsável pelo Europe Sports Group, sediado na Figueira da Foz, “para se chegar a um acordo com o objetivo de ajudar esta família”.

A partir de amanhã, e “com o período estipulado de dois meses”, o jovem atleta ocupará lugar na baliza nos treinos do escalão escolares, onde se encontram crianças dos oito aos 10 anos.

“Acima de tudo para que ele não perca esta capacidade física e não fique parado. E claro, para não estar a pensar na guerra, que nenhuma criança deve viver. Vai ajudá-lo estar ocupado, tirar-lhe dos pensamentos as situações dramáticas que viveu”.

À Rádio Boa Nova, o diretor da Secção de Hóquei em Patins garantiu que o clube “não olha só para o desporto” e também e “está focado em causas como esta”. “Hoje é ele, mas amanhã podemos ser nós”, vincou.

Quanto ao futuro, não há certezas da fixação da família ucraniana em Portugal, porém Jorge Gouveia sublinha que “há disponibilidade para dar continuidade e Anatoly tornar-se atleta da casa”. “Agora estamos a dar-lhe condições de integração”, disse, acrescentando que a Secção pretende atribuir ao pequeno atleta um treinador que o acompanhe “com mais proximidade”.

“Também no interior se faz bom trabalho. Somos um clube que se tem vindo a afirmar nos últimos anos. Conseguimos ter referências nacionais e mundiais”.

A comprovar a “hospitalidade”, o clube de Oliveira do Hospital tem, neste momento, “três atletas angolanos a jogar nos seniores” e, nos escalões mais jovens, há jogadores oriundos de toda a região. “Não vamos fechar as portas a ninguém”, concluiu.

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