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Hoje é dia de “Nós as Mulheres”. A Rádio Boa Nova apresenta-lhe três…

O Dia Internacional da Mulher, que se assinala hoje, dia 8 de março, foi criado pela ONU, em 1975, com o objetivo de lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres.

A Rádio Boa Nova falou com algumas mulheres de relevo no concelho de Oliveira do Hospital para exprimirem o que, para elas, significa este dia, assim com o papel que a mulher tem desempenhado na sociedade ao longo do tempo.

Em conversa com Natália Novais, que conduz o programa “Nós as mulheres” na Rádio Boa Nova, a conhecida radialista confessa que “embora agora as grandes diferenças entre o homem e a mulher estejam mais diluídas”, ainda faz sentido continuar com o seu projeto. Para a locutora, antes da democracia, a mulher era “vista para procriar e estar em casa”. De olhos postos no presente, e ciente de que, apesar da “evolução”, ainda há “muito a fazer”, a mulher continua a ser “rotulada”.

Com o objetivo de salientar que “não há diferenças de géneros”, Natália Novais, no seu programa, defende que “ambos são precisos na sociedade, cada um com a sua missão”. “É contra estas diferenças, com as quais nunca concordei e jamais concordarei, que continuarei com o programa”, afirma a radialista.

Graça Silva, que ocupa o cargo de vereadora da Educação e Cultura na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital já pelo terceiro mandato consecutivo, confirma que se tornou uma “pessoa mais conhecida” e “mais exposta relativamente àquilo que é a condição da mulher na sociedade”. A vereadora confessou à Rádio Boa Nova que quando assumiu “este papel”, viu a sua vida “pessoal e profissional” alterar-se “de uma forma significativa”. “Os meus estatutos de mulher, de esposa e de mãe foram um bocadinho secundarizados relativamente àquilo que é hoje o meu papel na sociedade”, disse Graça Silva, reforçando que o seu papel nos dias de hoje enquanto mulher é “ajudar os outros”. Enquanto vereadora, mas acima de tudo enquanto mulher, Graça Silva revela que “ainda há muito para fazer para que se chegue, se é que alguma vez se vai chegar, à igualdade de género”, criticando os “estereótipos” ainda evidentes na sociedade. Faz ainda o apelo para que as “gerações futuras eduquem os seus filhos de uma forma progressiva”.

Olga Bandeira, presidente da Junta de Freguesia de Lagares da Beira, também testemunha o relevo do papel da mulher num cargo que, em tempos passados, era “ocupado maioritariamente por homens”. Do papel da mulher, que “cada vez mais é reconhecido”, a autarca salienta a sua “capacidade de resolver as questões diretamente e de gerir os problemas” que envolvem a “parte emocional”. Atualmente, a ocupar o cargo mais relevante na gestão de uma freguesia, a presidente confessa que “era bom que mais mulheres se interessassem por participar ativamente na comunidade” em que estão inseridas, tratando-se de uma “mais-valia para a freguesia poder contribuir para o desenvolvimento das populações”. “Cabe-nos a nós, numa sociedade democrática, em que tanto lutamos pela igualdade do género, ocupar estes lugares”, refere Olga Bandeira ao incentivar as mulheres a assumirem o papel de líderes.

Natália Novais, Graça Silva e Olga Bandeira são apenas três de muitos exemplos de mulheres bem-sucedidas no concelho. Muitas mais poderiam ser dignas de destaque neste Dia Internacional da Mulher.

Beatriz Cruz (jornalista estagiária)

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