Os professores realizam hoje uma greve geral e uma concentração em frente ao parlamento, enquanto é debatida a proposta do Orçamento do Estado …
… na especialidade com medidas polémicas como a não contagem do tempo de serviço.
Escolas fechadas, alunos sem aulas e professores na rua é o cenário traçado por sindicatos e diretores escolares para o dia de hoje em que os docentes contestam algumas medidas do próximo Orçamento do Estado (OE).
A proposta de OE2018 prevê que não seja contabilizado o trabalho realizado entre 31 de agosto de 2005 e 31 de dezembro de 2007, nem entre janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2018.
O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, Mário Nogueira, acredita mesmo que poderá ser a maior “greve da década” tendo em conta o “nível elevadíssimo de indignação” dos professores contra algumas medidas previstas no próximo Orçamento do Estado (OE 2018).
O secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva, disse que os professores devem dar uma “resposta forte” na greve.
O governo anunciou que registou “avanços no sentido de um potencial acordo negocial” depois de reuniões com a Federação Nacional dos Professores (FENPROF) e a Federação Nacional da Educação (FNE).
Também o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas, Filinto Lima, acredita que a greve terá muita adesão.
“Os professores estão muito revoltados em relação à contagem de tempo de serviço e acredito que haverá um mar de gente em Lisboa, muitas escolas fechadas e alunos sem aulas”, disse à Lusa Filinto Lima.
O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, é mais cauteloso, mas reconhece que “há razões para os professores estarem preocupados”.