Entre maio de 2018 e junho de 2019, o gabinete de apoio social do Município de Oliveira do Hospital registou 15 casos de violência domestica.
Entre janeiro e maio deste ano, o Núcleo de Investigação de Apoio à Vítima da GNR já recebeu 19 queixas.
Os números foram revelados esta manhã, no Dia Municipal para a Igualdade, pelo vice-presidente do Município de Oliveira do Hospital e vereador responsável pelo pelouro de ação social, José Francisco Rolo, que considera estar a acontecer uma maior “desocultação” dos casos de violência doméstica, deitando por terra o mito de que entre homem e mulher, ninguém mete a acolher. “Estes números que temos aqui, de alguma forma assustam. Mas acho que revelam a desocultação do fenómeno”. Para José Francisco Rolo “estes são os números da coragem, que revelam que há mudança na atitude das pessoas ao denunciarem”.
Segundo o responsável na área de jurisdição do território do Destacamento Territorial da GNR da Lousã, onde se inclui Oliveira do Hospital, o concelho oliveirense representa “31 por cento das queixas por violência doméstica”. “Isto é alarmante, mas os números devem ser lidos como um ato de coragem”, referiu José Francisco Rolo, realçando o facto de que “a violência é crime”.
O debate “Igualdade, desigualdades e formas de violência”, contou ainda com a participação de Ana Rodrigues, coordenadora da equipa Igualdade Local: Cidadania Responsável, Manuel Machado, professor do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital e Helena Berardo, mestre em Estudos Feministas e professora na Eptoliva.
A iniciativa está inserida no programa de Junho: Mês da Igualdade que decorre até ao dia 1 de julho com a realização de várias ações de sensibilização.