Aprovada a renovação do Estado de Emergência até 15 abril, o Governo anunciou esta sexta-feira que as regras de contenção da pandemia se mantêm, até ao dia 5 de abril, as mesmas que agora vigoram e que a decisão sobre se se avança no plano de desconfinamento será tomada no dia 1, quando o Executivo dispor mais dados.
Assim, “todas as regras das atividades permitidas e das atividades não permitidas, limitação de ajuntamentos, proibição da circulação entre concelhos e o dever de estar em casa continuam em vigor até ao próximo dia 5”, disse a ministra da Presidência, em conferência de imprensa.
Mariana Vieira da Silva destacou que é com base na matriz de risco (que combina a incidência dos novos casos por 100 mil habitantes e o Rt) que se vai decidir no próximo dia 1 de abril “se podemos continuar” a dar passos no desconfinamento ou se, pelo contrário, “precisamos de atenuar” o alívio nas restrições.
A governante disse ser evidente que “não podemos deixar de olhar com contentamento para o facto de a incidência ter reduzido nestes últimos 15 dias”.
“Esse era o sinal que queríamos manter, mas são duas as variáveis, e estamos de facto a aproximar-nos do [valor 1 no] Rt”, disse, alertando, contudo, que “apesar de continuarmos na zona verde, isso não significa que estejamos livres para fazer todas as coisas”.
Por isso, quis deixar um apelo: “Sabemos bem que o período de Páscoa é um período tradicional de reunião familiar (…), mas essa não pode ser a regra na Páscoa. A regra nesta Páscoa é seguirmos um desconfinamento lento, cauteloso, a conta-gotas”.
“Para poder garantir que todas as crianças vão às escolas, para garantir que as lojas abram dia 5, para poder garantir que as esplanadas podem abrir a partir do dia 5 e que na quinzena seguinte possam abrir também os restaurantes e as atividades culturais. Para isso precisamos de nos manter nesta zona verde, precisamos de nos manter em segurança, precisamos de cumprir as regras até lá”, reforçou.
A ministra recordou que, para o período da Páscoa, está em vigor a proibição de circulação entre concelhos e o dever é de ficar em casa.
Respondendo a questões dos jornalistas, Mariana Vieira da Silva reconheceu que, com incidências muito baixas, temos mais margem de “viver com pequenas alterações ao R, do que se tivéssemos incidências grandes”.
“É evidente que à medida que nos formos aproximando da zona amarela temos de repensar o desconfinamento que pode significar uma travagem total ou parcial, tendo em conta os indicadores e a sua localização no território”, afirmou a ministra, admitindo a possibilidade.