Até maio, o Grupo Valérius conta dar emprego a uma centena de pessoas, em Mangualde. A empresa, que vai reativar a antiga camisas Sagres, vai arrancar no início do próximo mês com o processo de formação para os antigos funcionários da empresa, que foram despedidos no final de dezembro.
O diretor de operações da empresa têxtil sediada em Barcelos, o oliveirense António José Cardoso, disse ao Jornal do Centro que já foi apresentado o projeto e que até maio vai contratar uma centena de trabalhadores.
“Foi apresentado o projeto a cerca de 80 pessoas, tivemos 75 que manifestaram o desejo de estar no projeto do Grupo Valérius, nas antigas instalações da Sagres. O nosso objetivo é chegar às 100 pessoas, estamos a absorver pessoas que são da antiga empresa, também algumas da Mazur. No total, pretendemos criar 100 postos de trabalho na região, nas antigas instalações da Sagres, mas já há um projeto e um terreno para instalar uma unidade industrial de raiz”, explicou.
A formação dos trabalhadores arranca em março com 60 pessoas. “No início de março vai iniciar-se o processo de formação e de integração, com três turmas, já com 60 pessoas e depois iremos avançar sucessivamente com a integração de formação, não é possível integrar toda a gente ao mesmo tempo, mas o objetivo é que até finais de abril, inícios de maio, contamos ter as 100 pessoas integradas a trabalhar”, explicou o responsável.
A empresa, que comprou recentemente a Dielmar, vai produzir camisas, mas também calças. O grupo equaciona ainda abrir uma unidade fabril dedicada ao calçado.
“Estamos a tentar identificar na região, e nos concelhos de Viseu, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Sátão, identificar pessoas que tenham conhecimentos de costura de pele. Caso haja pessoas suficientes, ponderamos instalar na região um projeto vocacionado para o calçado”, afirmou António José Cardoso.
A camisa Sagres fechou em dezembro, atirando para o desemprego 67 pessoas. Agora, o Grupo Valérius reabre a têxtil que até já trabalhava para a empresa, que também comprou a Dielmar, em Castelo Branco.
A Fábrica de Camisas Sagres abriu portas há mais de 50 anos e vendia principalmente para o mercado externo, tendo acumulado experiência na produção de camisas e blusas. A empresa chegou a produzir uma média de 1.000 peças por dia.
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