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“Grupo Céus Limpos” exige que se apurem as causas do incêndio de 15 de outubro

O Grupo Céus Limpos, que surgiu de “conversas exploratórias”, impõe-se como um grupo “informal”, composto por sete testemunhos, num “movimento que procura descortinar melhor as causas mais profundas” dos incêndios que deflagraram na região centro no mês de outubro.


Em conferência realizada, esta terça-feira, na Biblioteca Municipal de Oliveira do Hospital, João Dinis, de Vila Franca da Beira, elemento do grupo Céus Limpos e conhecido dirigente da Confederação Nacional da Agricultura, exigiu que “se vá mais fundo, que se analise melhor, sem hesitações e sem reservas mentais” acerca das causas e consequências do incêndio. O Grupo Céus Limpos quer “contribuir e dizer aquilo que outras pessoas, movimentos e organizações não dizem ou dizem à boca calada”, referiu João Dinis.

Com o objetivo de “reconstruir o presente para prevenir um futuro melhor”, João Dinis reforça a ideia de que é necessário “rebentar burocracias mentais” para, de facto, “entender o que aconteceu”.

Com “força para mostrar a cara” é como se descrevem os “sobreviventes” do incêndio de outubro. Conny Kadia, mentora do grupo, acerca do número de elementos que o grupo reúne atualmente, revela que “podiam ser muitos mais”.

As testemunhas que marcaram presença na conferência estão crentes de que a intervenção humana nesta “guerra climática” foi evidente. Assim, os “sobreviventes” revelaram terem testemunhado a existência de aviões e drones naquela fatídica noite.

O Grupo Céus Limpos, que já foi recebido pela Comissão Técnica Independente, criada pelo Conselho de Ministros, a fim de serem estudadas as causas do incêndio, aguarda, agora, ser ouvido pelo Coordenador da Unidade de Missão Contra os Incêndios Florestais e pelos presidentes das Câmaras Municipais da região.

A próxima iniciativa do grupo vai acontecer no dia 3 de fevereiro, pelas 14h30, na Biblioteca Municipal de Oliveira do Hospital, com uma palestra conduzida pelo terapeuta Benjamim Levy intitulada “Geoengenharia para controlo do clima- uma arma não oficial exótica… e incontrolável”.

Beatriz Cruz (jornalista estagiária)

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