Uma paralisação em protesto contra o amianto existente na escola básica (EB) de 2.º e 3.º ciclos de Taveiro, Coimbra, levou hoje…
… ao encerramento daquele estabelecimento de ensino.
André Pestana, do Sindicato de Todos os Professores (STOP) que convocou o protesto, adiantou que “a adesão à greve foi suficiente para impossibilitar o normal funcionamento da escola”, levando a que a escola fechasse e deixando sem aulas cerca de 300 alunos.
Na ocasião, a estrutura sindical fez uma demonstração de um fato de proteção para quem se expõe ao amianto – um mineral usado ao longo de décadas na construção civil, e concretamente, no caso das escolas em telhados e coberturas – e que pode provocar doenças do foro respiratório a quem inala as fibras de que é feito.
O dirigente do STOP aludiu ainda a uma lista de cerca de 120 escolas portuguesas que ainda contêm amianto, acusando o Governo de não estar a cumprir a lei por alegadamente não divulgar a relação dos edifícios públicos onde ainda existe aquele material.
“O Governo não está a cumprir a lei, tinha de divulgar a lista e o calendário de remoção e não o faz”, afirmou André Pestana.
Designando a lista em causa como “a ponta do iceberg” dos edifícios públicos portugueses que contêm amianto, André Pestana enfatizou que a relação que o sindicato detém decorre de uma “recolha” própria, a nível nacional, iniciada há quase dois anos, em fevereiro de 2018.
O protesto de hoje serviu ainda para evidenciar a falta de assistentes operacionais em Taveiro e o STOP anunciou outra iniciativa similar, igualmente contra a falta de pessoal não-docente, na sexta-feira, na escola Inês de Castro, também em Coimbra, onde promete divulgar “formas de luta inovadoras” para o futuro.
lusa.pt