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Greve de funcionários fecha escolas em Oliveira do Hospital

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A greve dos trabalhadores não docentes em protesto contra condições de trabalho, prevista para hoje, a nível nacional, levou ao fecho das escolas do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital (AEOH).

Esta manhã, a grande afluência de alunos junto ao portão da escola sede do AEOH, era a prova da grande adesão à greve por parte dos funcionários.

Diante este cenário, Carlos Carvalheira, diretor do AEOH, em declarações à Rádio Boa Nova, afirmou que era uma “situação prevista pela parte da direção que já tinha enviado um recado aos Encarregados de Educação a alertar para esta situação”. Para além disso, houve um “trabalho articulado com a Câmara Municipal para disponibilizar os serviços de transportes de imediato”.

Segundo o responsável, a Escola da Ponte das Três Entradas “não chegou a abrir” e a escola sede, pelas 8h45, acabou por fechar. As restantes escolas pertencentes ao Agrupamento, de Lagares da Beira e Cordinha estão “parcialmente a funcionar”, uma vez que só a partir das 11h30/ 12h00 é que “serão acionados os transportes para deslocar os alunos para as suas terras”.

À Rádio Boa Nova, Carlos Carvalheira adiantou que também alguns Jardins de Infância estão encerrados.

“Logo de manhã não foram asseguradas as condições mínimas de abertura dos pavilhões e segurança da própria escola”, disse, acrescentando que, até os serviços de refeitório, assegurados por uma empresa, não avançaram “porque não veio nenhuma funcionária nos quatro refeitórios existentes”.

De acordo com o diretor, “até às 11h30, a situação estará resolvida na escola sede” e, nas escolas de Lagares e Cordinha, até às 13h00, a situação também estará completamente solucionada”.

Para Carlos Carvalheira, a greve é compreensível, nomeadamente pela falta de funcionários, o que se traduz numa sobrecarga para os restantes . “Nós temos vindo a aperceber-nos, cada vez mais, das dificuldades. Os assistentes operacionais são fundamentais para o bom funcionamento de um agrupamento de escolas. Tivemos algumas aposentações e temos assistentes que estão com atestado médico de longa duração, o que dificulta muito a gestão”, justificou.

À Rádio Boa Nova, o responsável adiantou que a direção “tem apelado para que sejam repostos todos os funcionários” mas, até agora, “não tem havido condições”.

“Eu não posso, por minha iniciativa, contratar nenhum funcionário. Tenho que pedir uma autorização ao Ministério da Educação para abrir um procedimento concursal. É uma situação que nos transtorna muito”, explicou.

Atualmente, o AEOH conta com cerca de 70 a 80 funcionários distribuídos por todas as escolas, contudo, para Carlos Carvalheira eram necessários mais dez funcionários para garantir um melhor funcionamento.

Segundo a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais que convocou a greve, estima-se uma adesão acima dos 85%.

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